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‘Tive medo de parar os estudos’, diz adolescente em ação de combate à gravidez precoce


Foto: Victor Vidigal/G1

Era dia 3 de julho de 2018 quando Renata Guedes, de 14 anos, estava em casa e percebeu que tinha algo errado com o ciclo menstrual. A adolescente, que até então não estava acostumada com a situação, ficou preocupada e fez três testes antes de ter a certeza de que estava grávida.

“Tomei um susto. O primeiro sentimento que eu tive foi medo de parar meus estudos”, conta a menina que faz o 9º ano na Escola Estadual Nilton Balieiro, no bairro Marabaixo, Zona Oeste de Macapá.

“Foi um descuido meu, para falar a verdade. Já tinha visto palestras sobre prevenção, mas nunca achei que fosse acontecer comigo”, explica a adolescente, grávida de 8 meses.

Para evitar que aconteça o mesmo com outras adolescentes, a Coordenação Municipal de Saúde do Adolescente iniciou nesta quinta-feira (14), na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Marabaixo, as ações da Semana Nacional de Prevenção à Gravidez, instituída por lei a partir deste ano.

Enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e nutricionistas realizaram uma roda de conversa com adolescentes, jovens e mulheres sobre medidas preventivas e educativas para evitar a gravidez precoce.

Renata aproveitou a ação para fazer o teste rápido de sífilis e conferir se tudo está indo bem com a bebê que espera. Preservativo e panfletos educativos também foram distribuídos na unidade.

A ação ocorre no mesmo mês em que foi divulgado que Amapá é o 5ª estado com maior proporção de bebês nascidos de mães com menos de 19 anos, de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a enfermeira Josilene Rodrigues, de 45 anos, que atuou na ação, um dos motivos para esse alto índice é a falta de orientação no núcleo familiar, acompanhado da influência negativa do meio social.

A adolescente Renata, que mora com a mãe e três irmão no bairro Marabaixo 4, diz que ao contar para família da gravidez percebeu uma certa tristeza na mãe, porém, conta com ajuda dela para não abandonar os estudos.

“Minha mãe primeiro ficou triste, mas depois conversamos e ela aceitou. Até disse que vai ficar com a bebê para que eu possa estudar”, relatou a futura mãe da Estefany Vitória.

A menina ainda ressalta que não se sente pressionada com a responsabilidade, já que passou boa parte da infância cuidando dos sobrinhos. O pai da criança é um jovem de 19 anos, que trabalha como assistente de pedreiro.

Ações como a desta quinta-feira vão continuar acontecendo na capital durante o mês. Estão confirmadas na sexta-feira (15) na comunidade rural Casa Grande, e na quinta-feira (21) na UBS Raimundo Ozanan, no bairro Muca, Zona Sul de Macapá.

Fonte: G1

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