Karina Espínola nasceu em um corpo masculino, mas desde o início não se identificava com o ‘corpo biológico’, o mesmo aconteceu com Laison Sampaio, que não se reconhecia no espelho. Mas, eles não possuem apenas a transexualidade em comum, a transição de gênero modifica, além do corpo físico, a mente, a forma com que se é tratado e as pessoas que estão ao redor.
Transexuais são pessoas que se identificam com um gênero distinto ao biológico, isso é identidade de gênero. Ao Repórter MaisTV, Karina e Laison contaram suas experiências e luta para serem aceitos nos espaços sociais.
“Muitas vezes os direitos básicos nos são tirados, por que quando você é maltratado em um local você não volta para ele. Quando um transexual sofre preconceito na escola ou quando faz um procedimento médico acaba desistindo de voltar a esse lugar”, disse Karina.
Mas, não é apenas na vida social que eles encaram dificuldades, no mercado do trabalho há pouca abertura de maneira formal. De acordo com o coordenador Municipal de Promoção e Cidadania LGBT, Roberto Maia, em João Pessoa, cerca de 90% das mulheres transexuais estão na prostituição.
“Essas pessoas não participam nem da seleção, antes mesmo elas são excluídas. Existe uma coisificação das pessoas, em relação as pessoas trans no Brasil, a sociedade entende que elas devem permanecer na prostituição, temos uma dificuldade de acolher, de chamar pelo nome social, de entender o que é a transsexualidade”, explicou.
Fonte: Mais PB