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Sexo Oral: Chupar ou Não Chupar (com e sem camisinha)?


Felação. Boquete. Chupada. Sexo oral. Do termo mais técnico ao termo mais popular, o fato é que esta prática sexual é uma das mais disseminadas e prazerosas numa relação entre duas ou mais pessoas, independente da sexualidade ou identidade de gênero. Entretanto, seu ato também é aquele que mais suscita indagações, dúvidas e perguntas acerca dos riscos associados quando não praticadas com preservativo, conforme geralmente nos ensinam os diversos catálogos, protocolos, cartilhas e sites afora.

De certo podemos dizer que o HIV está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, portanto somente pode ser transmitido na troca desses fluidos. Assim, o sexo anal, vaginal ou oral com a presença desses fluidos e sem uso de preservativo é uma forma provável (e não absoluta) de infecçção. O mero convívio social e contatos como beijo, masturbação, carinhos e carícias durante as relações sexuais não oferecem riscos. O sexo oral sempre foi a saída mais rápida para aquela pegação, daquele encontro rápido que permite saciar um desejo e gozar com felicidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o hábito de realizar sexo oral sem camisinha está produzindo e disseminando – por exemplo – uma perigosa forma de gonorréia, resistentes aos mais variados medicamentos e tornando a doença cada vez mais difícil de ser tratada. Logo, recomenda que a prática do sexo seguro se dê pelo uso correto da camisinha.

Mas no ínterim dessa problemática encontra-se uma linha tênue que desemboca diretamente entre o prazer e a prevenção. E quando o desejo fala mais alto, nem sempre a segunda opção é a mais escolhida. Especialmente entre os jovens. Na tarde da última quarta feira (30/09), a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) recebeu e acolheu um jovem na faixa etária de 20 anos que encontrava-se muito confuso e nervoso acerca da última relação sexual, praticada com mais de um parceiro ao mesmo tempo. Segundo o jovem X “não houve penetração, somente sexo oral sem camisinha. Mas mesmo assim eu fiquei com medo e achei estranho que os próprios rapazes com quem transei disseram que seria interessante fazer um teste rápido ou PEP (Profilaxia Pós-exposição)”. Esse caso pode não ser via de regra para todos os demais, entretanto, denota o quanto a falta de informação acerca da maneira correta sobre o sexo (oral) seguro, formas de transmissão do vírus HIV e prevenção, além da vulnerabilidade durante uma relação onde houve exposição ao risco contribuem para um “pânico” e “correria” aos postos de saúde, centros especializados e instituições de referência em saúde, HIV e AIDS. “Eles me disseram também que a PEP era o indicado. Eu pesquisei tudo sobre isso e estou preocupado porque tudo aconteceu na segunda, hoje já é quarta e daqui a pouco completa 72 horas. Eu tô com medo. Minha mãe não pode saber que eu tenho vida sexual ativa”, disse assustado ele. Interessante observar nesse caso que, não bastasse o temor de uma ideia acerca de ter se infectado ou não, a questão familiar (e aparentemente religiosa) interferir e se portar para ele como elemento de coação.

Não importa a quantidade, mas sim a qualidade do sexo que você faz. É esse o lema seguido pelo Projeto Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens da ABIA coordenado por Vagner de Almeida e o que significa, no fundo, para com o sexo oral – e todas as demais práticas e formas sexuais de obter o prazer.

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