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Rússia permitirá uso de símbolos LGBT’s durante a Copa do Mundo


Símbolos LGBT’s em estádios e Fan Fests estão liberados e sem possibilidade de sofrer punição ou contratempos. Essa é a promessa da FIFA e do COL (Comitê Organizador Local) da Rússia para a Copa do Mundo.

Bandeiras de arco-íris estarão liberadas nas arquibancadas ou nas celebrações públicas ainda que, desde junho de 2013, esteja em vigor na Rússia uma lei banindo a chamada “propaganda gay”. “Definitivamente não haverá nenhum tipo de banimento para quem usar símbolos com as cores do arco-íris na Rússia. Está claro que qualquer um poderá vir aqui e não ser multado por expressar os seus sentimentos”, afirmou à Folha Alexei Sorokin, CEO do Comitê Organizador Local.

Relação sexual entre pessoas do mesmo sexo não é crime na Rússia desde 1993, mas reações homofóbicas ainda são comuns e mais acentuadas em regiões como a Tchetchênia, por exemplo, de maioria muçulmana. “A Rússia não é um país seguro para homossexuais se declararem abertamente. Existe ainda um nível de ódio muito grande. As pessoas podem ser atacadas nas ruas e nos estádios e por isso devem ser cuidadosas”, disse Svetlana Zakharova, diretora de comunicação da ONG Russian LGBT Network.

Em 2014, quando Sochi recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno, o presidente Vladimir Putin declarou que homossexuais seriam bem-vindos à Rússia, mas que deveriam “deixar as crianças em paz”. Durante a Olimpíada, diversos atletas se mostraram favoráveis à causa LGBT e alguns se declararam publicamente homossexuais. A AT&T, patrocinadora do Comitê Olímpico dos EUA, publicou uma carta apoiando o movimento. “Recebemos muito bem esta notícia para a Copa do Mundo, pois sabemos que a luta contra a discriminação é uma das bandeiras da Fifa. Ter declarações das autoridades russas liberando manifestações em estádios é algo que dá segurança de que não haverá nenhum problema”, afirmou Pavel Klimenko, pesquisador da FARE Network, organização que aconselha a Fifa e a Uefa sobre discriminação no futebol.

O órgão trabalha também em conjunto com o Sova Centre, uma organização baseada em Moscou que atua em prol da defesa dos direitos humanos na Rússia. O pesquisador, porém, faz alerta a homossexuais que visitem o país não apenas durante a Copa do Mundo, como também em outras ocasiões. “Uma coisa são as declarações das autoridades, outra é o comportamento da população na rua. Eu não acredito que haverá problemas durante a Copa, mas é bom evitar manifestações públicas de afeto”, afirmou.

A Fifa tem endurecido o combate contra a homofobia no futebol e aplicado punições às federações nacionais por causa do comportamento de seus torcedores. Nas eliminatórias para o Mundial da Rússia, a entidade aplicou penas a federações nacionais após gritos homofóbicos de torcedores. No total, elas pagaram R$ 4,3 milhões em multas à Fifa. A CBF foi multada cinco vezes e teve de pagar R$ 334 mil.

 

Fonte: Folha de São Paulo

 

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