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Relatório indica formas de reduzir impacto da COVID-19 em populações com maior risco de infecção por HIV


A pandemia da COVID-19 afetou a todas as pessoas, incluindo populações-chave com maior risco de infecção por HIV. Neste contexto, os ganhos obtidos contra outras doenças infecciosas, incluindo o HIV, correm o risco de serem revertidos como resultado de interrupções causadas pela COVID-19.

Este é o pano de fundo de um novo relatório publicado pela FHI 360, em colaboração com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre outros parceiros. O documento fornece conselhos sobre como minimizar os impactos da COVID-19 em populações-chave.

“Com foco nas populações-chave, esta orientação complementa os esforços contínuos para manter, durante a pandemia da COVID-19, o acesso a serviços e produtos de prevenção ao HIV, saúde sexual e serviços de planejamento familiar, prevenção da violência de gênero e aconselhamento, testes e tratamento do HIV”, disse a coordenadora da Coalizão Global de Prevenção do HIV no UNAIDS, Paula Munderi.

“Preservar serviços essenciais de HIV para populações-chave e promover a segurança e o bem-estar dos funcionários e membros da comunidade durante a pandemia da COVID-19 é vital para manter os ganhos obtidos com muito esforço na resposta à AIDS”, afirmou a coordenadora da Coalizão.

Com orientações práticas sobre como apoiar a continuidade dos serviços de HIV para pessoas vivendo com HIV e populações-chave, o relatório visa ajudar os implementadores de programas na condução desse trabalho.

Para a representante da FHI 360, Rose Wilcher, as populações-chave são particularmente vulneráveis a interrupções de serviços de HIV e outras questões relacionadas durante a pandemia da COVID-19. “Pedimos urgentemente soluções baseadas em direitos que mantenham ou aumentem o acesso das populações-chave aos serviços de HIV, minimizando a exposição potencial à COVID-19 e promovendo a segurança dos indivíduos. Elas devem apoiar o distanciamento físico e o descongestionamento das unidades de saúde, mas de maneira a responder às realidades atuais das populações-chave”.

Relatório recomenda sugestões práticas em três áreas principais

A primeira sugestão do relatório é sobre a proteção de fornecedores e membros da comunidade em relação à COVID-19. Os serviços de HIV só podem continuar sendo prestados durante a pandemia se forem tomadas medidas para evitar a infecção por coronavírus entre as equipes de programas, provedores e beneficiários. A vinculação para a triagem e cuidados relacionados à COVID-19, além de serviços para apoiar o bem-estar mental de prestadores de serviços e beneficiários, também podem ser fornecidos como parte dos serviços de HIV.

A segunda sugestão é apoiar o acesso seguro e sustentável aos serviços e produtos de HIV. Os programas de HIV podem integrar medidas físicas de distanciamento, oferecer consultas virtuais e fornecer dispensação de medicamentos contra o HIV para diversos meses. A assistência pessoal entre pares deve ser mantida sempre que possível.

Monitorar a continuidade do serviço e melhorar os resultados é a terceira sugestão trabalhada pelo relatório. Como é provável que haja interrupções nos serviços, os programas de HIV precisarão ajustar seus sistemas de monitoramento e avaliação para permitir avaliações regulares da prestação continuada de serviços de HIV e do impacto da COVID-19 nos programas de HIV e seus beneficiários. Isso pode exigir a criação de sistemas de informações estratégicas que usem medidas para contexto de distanciamento físico, como ferramentas de coleta de dados e relatórios virtuais.

Para o diretor executivo do MPact, George Ayala, a pandemia da COVID-19 não deve ser usada como desculpa para diminuir o ritmo da resposta global ao HIV entre as principais populações. “Ao invés disso, a pandemia pode ser usada como um momento para tirarmos lições de nosso trabalho para acabar com a AIDS. É também uma oportunidade de proporcionar alívio aos sistemas de saúde sobrecarregados pela COVID-19, financiando totalmente organizações comunitárias lideradas por homens gays e bissexuais, pessoas que usam drogas, profissionais do sexo e pessoas trans para garantir melhor acesso aos serviços de HIV para populações-chave”.

Já a líder técnica em populações-chave do Departamento de HIV, Hepatites e DSTs da OMS, Annette Verster, afirmou que “continua sendo fundamental garantir o acesso aos serviços de prevenção, testagem e tratamento do HIV durante a pandemia de COVID-19 e manter o acesso a serviços capazes de salvar vidas. Este documento fornece orientação prática e conhecimento sobre a manutenção de serviços essenciais de saúde para populações-chave nestes tempos difíceis”.

O relatório foi desenvolvido pela FHI 360 como parte do projeto EpiC (Meeting Targets and Maintaining Epidemic Control) – ou Alcançando as Metas e Mantendo o Controle Epidêmico, na tradução livre para o português. O projeto é apoiado pela USAID e pelo PEPFAR, o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para Alívio da AIDS. O UNAIDS, a OMS, o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária e outros parceiros deram contribuições e conselhos para a elaboração do relatório.

Clique aqui para ter acesso ao relatório em inglês.

Fonte: Nações Unidas

Foto: UNAIDS

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