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Relação entre HIV e população negra LGBT é destaque durante festival em São Paulo


A intersecção entre a população negra e o HIV foi destaque durante o Festival Bixanagô, que aconteceu do dia 21 a 23 de março, na cidade de São Paulo. Para discutir o tema, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), o Fundo Posithivo, e a ativista Micaela Cyrino se reuniram em uma análise das principais políticas de prevenção à HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis para a população negra e LGBTQI+ em São Paulo.

“Espaços para discutir as vulnerabilidades ao HIV são fundamentais”, defende o diretor interino do Unaids Brasil, Cleiton Euzébio. “Temos dados contundentes de que a epidemia tem afetado desproporcionalmente a população negra e que demonstram, na cidade de São Paulo, uma mortalidade três vezes maior entre mulheres negras em comparação à mulheres brancas e entre homens o número é duas vezes mais”.

A vulnerabilidade da população LGBT também entrou em pauta. Cleiton ressaltou a importância de as campanhas de prevenção abordarem essas especificidades. “É difícil ter uma campanha que consiga dialogar com todo mundo. A gente realmente precisa construir materiais de prevenção que dialoguem com essas populações, principalmente a população negra LGBT.”

A mesa abordou também os possíveis retrocessos da gestão presidencial para pessoas que vivem com o vírus e  a importância em racializar os dados que existem sobre HIV/aids.

Elida Miranda, do Fundo Posithivo, abordou a epidemia diante das mulheres negras. Ela ressaltou que essa população tem dificuldade de acessar tecnologias de prevenção como a PrEP, a Profilaxia Pré-Exposição. Nesse sentido, Cleiton explica que homens brancos que tem mais facilidade ao acesso da PrEP, levantando também a problemática das dificuldades que a população negra encontra ao procurar auxílio nos postos de saúde.

“Sempre falamos sobre HIV/aids num lugar de dor, de luto, e por mais que sim, a população ainda morra em decorrência da aids, falar sobre isso num festival é também celebrar a vida, nós estamos vivos, e isso deve importar também”, defende Ezio Rosa.

Para Micaela Cyrino, fala-se muito da doença, mas pouco falamos sobre as possibilidades de cura. Segundo a ativista, estar em espaços como este, trocando ideias e informações sobre esses assuntos, é uma cura também.

Festival para comunidade negra e LGBT

O Festival Bixanagô envolve música, política e artes para promover diversidade, criatividade e a potência da comunidade negra, periférica e LGBT, que utilizando a dança, a música, a performance e tantas outras estéticas da cultura hip-hop e da cultura ballroom, para discutir a potência de jovens, negros e periféricos e seu protagonismo em narrativas contra o ódio e o preconceito.

 

Fonte: Redação da Agência de Notícias da Aids

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