A psicóloga Nathalia Rodrigues, de 25 anos, conheceu um rapaz que ela acreditava ser o companheiro perfeito para a vida. Eles saíram juntos, se beijaram e, depois do primeiro encontro, nunca mais se viram. A jovem desistiu de manter contato com o pretendente. O maior medo dela era que o envolvimento avançasse para uma relação sexual.
“O pensamento de estar com alguém e ter que fazer sexo me angustiava”, diz.
Ela afirma ter chorado copiosamente após encerrar o breve envolvimento, por acreditar que havia algo errado. Meses depois, enquanto assistia a uma série de televisão, viu um personagem assexual.
“Eu conhecia o termo, mas foi a primeira vez que pensei que poderia me encaixar nele”, relata. Nathalia pesquisou sobre o assunto e afirma ter se descoberto. “Foi algo mágico. Me senti livre para me conhecer e ser quem eu sou.”
Assim como Nathalia, a assexualidade faz parte da vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Muitos especialistas entendem que a ausência de interesse por sexo deve ser considerada como uma quarta orientação sexual – junto à heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade. Porém, não há uma definição sobre o modo correto para classificar o comportamento, pois os estudos sobre o assunto ainda são incipientes.
Uma pesquisa feita pelo biólogo Alfred Kinsey, no fim dos anos 40, apontou que, ao menos, 1% da população não possui interesse em sexo. O estudioso fez a descoberta enquanto criava a Escala Kinsey, que avalia o comportamento sexual das pessoas, variando de homossexual a heterossexual.
Em 2004, o sexólogo canadense Anthony Bogaert fez um estudo que explorou a assexualidade e, novamente, foi apontado que 1% da população mundial não tem interesse em sexo.
Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, porém, o número correspondente a assexuais em todo o mundo é superior ao relatado pelos estudos de Kinsey e Bogaert. Entre os brasileiros, conforme o Programa de Estudo da Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 7,7% das mulheres e 2,5% dos homens, na faixa de 18 a 80 anos, não se interessam por relações sexuais.
Coordenadora do ProSex, a psiquiatra Carmita Abdo explica que a assexualidade não é uma doença ou disfunção.
“Para classificarmos a pessoa com uma dificuldade ou com disfunção sexual, ela precisa sofrer com isso. Quando não existe interesse pelo sexo e isso não afeta o indivíduo, como no caso dos assexuais, não há motivos para classificá-lo como disfuncional”, declara à BBC News Brasil.
“Os assexuais têm a libido canalizada para outros aspectos, que não o erotismo e o relacionamento. Todos temos libido, mas não necessariamente voltada para sexo. Para eles, ela pode ser focada no trabalho, nos estudos ou em outra coisa”, acrescenta.
A ideia de que assexualidade está relacionada à ausência de atos sexuais não é verdadeira. Entre as diversas classificações para o comportamento, estão aqueles que praticam sexo em situações específicas.
A descoberta
A grande maioria dos assexuais se descobre por meio da internet, que possui diversos estudos e grupos de discussão sobre o tema. Na rede, Nathalia teve acesso, há dois anos, a mais informações sobre o assunto.
“Entendi que a atração que sinto pelas pessoas está longe de ser sexual. Gosto de estar com elas, mas não quero ser tocada. Hoje, entendo que sempre quis um relacionamento por pura pressão social. Não sinto falta disso e me sinto muito feliz sozinha. Meus amigos e minha família são companhias suficientes.”
A designer Jeanine Adler, de 23 anos, também se descobriu assexual por meio da internet, em 2016.
“Uma amiga falou sobre o assunto em uma brincadeira e me despertou curiosidade. Encontrei um blog sobre o tema e me identifiquei com o que estava escrito. Foi muito tranquilo me aceitar como assexual. No fundo, me senti livre ao ver que havia pessoas iguais a mim”, conta à BBC News Brasil.
Também na rede, o psicólogo Emerson Campos, de 27 anos, encontrou, 10 anos atrás, resposta para as dúvidas que o afligiam sobre a própria sexualidade.
“Eu já havia tido namoradas, mas nunca vi no sexo tudo aquilo que meus amigos falavam. Cheguei a questionar minha orientação sexual e também procurei ajuda médica, para uma possível reposição hormonal. Mas nada disso me trouxe respostas definitivas”, declara.
“Um tempo depois, quando eu tinha 17 anos, li um artigo sobre a assexualidade e me identifiquei bastante. Até então, eu havia tido relações sexuais com minhas ex-namoradas, mas costumava fazer isso para agradá-las. Quando me descobri, percebi que não valia a pena manter relacionamentos assim, porque isso me magoava”, acrescenta.
Em razão da falta do acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo, os assexuais podem enfrentar questionamentos sobre a legitimidade da descoberta sobre a própria vida sexual. Tal situação foi enfrentada pelo auxiliar administrativo Ariel*, de 27 anos. Em 2013, ele procurou informações sobre o assunto na internet, após assistir a uma reportagem sobre o tema, e descobriu que a falta de interesse sexual não era um comportamento anormal.
“Quando contei para a minha melhor amiga, ela me perguntou se havia tratamento para isso e disse que eu não poderia afirmar isso, porque nenhum médico tinha me diagnosticado assim. Isso me fez sentir uma pessoa doente”, diz.
De acordo com Carmita, é comum que os assexuais se descubram por conta própria, pois não é necessário acompanhamento especializado para eles.
“Se a pessoa não quer fazer sexo e isso não está interferindo na vida de ninguém, nem é motivo de preocupação para ela, não há motivos para se tratar. Normalmente, quem busca ajuda é porque sofre com a falta de desejo sexual, ou seja, uma pessoa que não pode ser considerada assexual.”
A internet e a assexualidade
Um dos principais meios para a legitimação da assexualidade, a internet começou a ser fonte de conhecimento sobre o tema a partir do início do século 21. A Asexual Visibility and Education Network (Aven) é considerada o maior meio de informações sobre o assunto. Ela foi o primeiro grupo virtual destinado àqueles que não se interessam por sexo. Criada em 2001 pelo ativista sexual norte-americano David Jay, a Aven também se tornou uma entidade que luta pelos direitos dos assexuais nos Estados Unidos.
“Ela é um importante marco nos estudos sobre o tema e se tornou referência para pesquisas. Hoje, é considerada a principal entidade que trata sobre o assunto”, comenta o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato.
“A assexualidade existe há muito tempo, mas não era conhecida. Para se ter ideia, o tema passa a ser estudado com mais ênfase nos anos 2000. Isso porque a internet contribuiu muito para dar voz a pessoas assexuais e, desta forma, dar visibilidade a esta questão”, acrescenta Rosostolato.
No Brasil também existem páginas dedicadas ao tema. No Facebook, há um grupo com mais de 6,1 mil participantes. Nele, as pessoas compartilham experiências relacionadas à falta de interesse por sexo e pedem conselhos sobre o assunto.
“Senti a necessidade de criar o grupo porque queria encontrar pessoas semelhantes a mim e para compartilhar experiências, pois nunca havia encontrado outros assexuais antes. É importante esse encontro com outros semelhantes, porque é uma forma de termos um suporte”, diz Ariel, que criou o grupo há cinco anos, logo que se descobriu assexual.
Por meio do grupo, algumas pessoas se uniram para dar início ao coletivo AbrAce – “ace” é uma denominação usada para identificar os assexuais -, ainda em fase inicial, cujo objetivo é divulgar e dar visibilidade às causas assexuais.
“Ter esse coletivo é um primeiro passo para unirmos forças e trabalho. Buscamos fazer ações nas ruas, apesar de nossa atuação ser maior no mundo virtual. Infelizmente, não há outra entidade que represente os assexuais, por isso fizemos o coletivo, que atualmente possui cerca de 10 membros”, conta um dos representantes do AbrAce, o advogado Walter Mastelaro, de 31 anos, que desde 2013 se identifica como assexual.
Várias classificações
Além de trazer à tona discussões e estudos sobre a assexualidade, a internet também colaborou para a criação das diversas denominações para o comportamento, que não se restringe àqueles que têm completa falta de interesse por sexo. Para entender as classificações, é preciso compreender a bandeira que representa os assexuais.
O símbolo tem quatro cores, com diferentes significados: o preto representa a completa assexualidade; o cinza corresponde aos assexuais que mantêm algum tipo de relação sexual, em situações específicas; o branco significa os alossexuais – pessoas sexuais, aquelas que têm atração sexual e sentem vontade de praticar o ato – e o roxo abrange toda a comunidade assexual.
A bandeira e os significados dela foram criados pela Aven. A entidade também foi responsável pelas diferentes classificações atribuídas à assexualidade. Há mais de 20 diferentes especificações. Entre elas, há os assexuais estritos, aqueles que não sentem atração sexual por nenhum gênero, em nenhuma situação específica.
Na área cinza, onde estão aqueles que podem desenvolver atos sexuais, há diversas classificações, entre elas: grayssexuais, que sentem atração sexual raramente e em situações específicas, independentemente do envolvimento emocional; autoeróticos, que preferem a masturbação ou outros toques no próprio corpo, em vez de se relacionar sexualmente com outra pessoa, e demissexuais, que somente sentem desejo de praticar sexo quando há vínculo afetivo.
Há ainda aqueles que se consideram fluídos, ou seja, se identificam com diferentes aspectos da assexualidade em períodos distintos.
No aspecto amoroso, os assexuais podem ser heterorromânticos, birromânticos ou homorromânticos. As relações não necessariamente precisam envolver sexo. Há também os arromânticos, aqueles que, comumente, não se apaixonam por nenhum dos gêneros.
A jornalista Cláudia Piazza, de 24 anos, demorou cerca de quatro anos para se identificar como assexual. Hoje, se classifica como demissexual.
“Eu conhecia sobre a assexualidade e tinha lido sobre o assunto, mas acreditava que se restringia àqueles que não se interessam por sexo em hipótese alguma. Anos depois, fiz novos estudos e descobri a área cinza, que é onde me encontro. Foi um processo longo, mas que me trouxe tranquilidade e paz”, relata à BBC News Brasil.
Ela sente atração sexual somente depois de criar um forte vínculo afetivo com o companheiro.
“Mas nem todas as pessoas com quem eu criar esse vínculo irão me despertar atração sexual. No meu caso, especificamente, não precisa ser um elo romântico para que eu desenvolva essa atração, mas esse afeto precisa ser muito forte para que me desperte algo relacionado a sexo. Consigo contar em uma mão o número de pessoas por quem já me senti atraída sexualmente”, diz.
Alguns assexuais preferem não se definir, como é o caso de Nathalia. “Até o momento nunca experimentei atração sexual, por nenhum gênero. Talvez pudesse me classificar como estrita. Mas não sinto essa necessidade de me definir dentro do universo assexual”, assevera.
Um dos pontos que os assexuais enfatizam é que a falta de interesse sexual em nada tem a ver com o celibato.
“São situações distintas. O celibato é uma opção, a pessoa escolhe por uma razão maior, por um sacrifício para uma causa que considera importante. Muitos sofrem com isso. É diferente de quem deixaria de fazer sexo sem o menor problema com isso”, explica Carmita.
Os relacionamentos
Nathalia nunca esteve em um relacionamento. Ela relata que se afastou de rapazes que tinham intenção de namorá-la.
“Pode ser meio solitário para quem escolhe não estar em um relacionamento. Mas me envolver amorosamente me traria mais angústia que felicidade. Entender isso é algo que acho mágico. Nada se compara a ter a liberdade de ser quem você é”, afirma.
Outros assexuais, porém, têm ou tiveram relacionamentos. Para a universitária Larissa*, de 21 anos, que se descobriu assexual em 2015, os envolvimentos amorosos não trazem boas lembranças.
“Mesmo gostando do meu namorado, eu não conseguia sentir atração sexual por ele. Achei que eu pudesse ser lésbica e me envolvi com garotas. Namorei uma e, no começo, sentia atração sexual, mas depois passou”, conta.
“Nesses relacionamentos que tive, eu geralmente fazia sexo simplesmente por fazer. Quando terminava, me sentia enojada por ter feito aquilo somente para dar prazer ao outro”, conta a universitária.
Nos dois relacionamentos que teve, Larissa afirma que se sentia pressionada para manter relações sexuais. “Brigávamos com frequência, porque eu não queria transar. Eles diziam que eu era falsa, que não os amava, por não ter atração sexual. Era complicado e eu acabava fazendo sexo”, diz.
As dificuldades no relacionamento, em virtude da falta de sexo, também foram sentidas por Emerson Campos. Em razão disso, desde 2013, quando terminou seu último namoro, ele não teve novas relações amorosas.
“Preferi não me envolver novamente com ninguém. Até sinto atração sexual, mas ela não é suficiente para que eu queira ter relações sexuais”, revela.
Ele afirma que não planeja ter novos relacionamentos com alossexuais.
“Hoje, só teria algo se fosse com uma pessoa assexual, como eu.”
Os relacionamentos com pessoas consideradas sexuais nem sempre representam uma dificuldade. Para Cláudia, a demissexualidade não foi um impedimento para estar com o namorado, que não é assexual. “Desde que passei a me entender, falava sobre minha assexualidade. Um relacionamento por incompatibilidade sexual é algo normal, mesmo entre quem não é assexual. É muito mais fácil se essa diferença de interesses sexuais é identificada logo no começo.”
“Falei da minha assexualidade para meu namorado logo que começamos a sair. Ele, apesar de não conhecer se propôs a entender e, juntos, achamos a maneira que funciona para nós dois, um ‘meio-termo'”, conta.
Há assexuais que preferem se envolver somente com pessoas que também não se interessam por sexo. “Tive dois namoros e em nenhum deles tive qualquer problema por causa de sexo. Com o primeiro, que durou três anos e meio, éramos novos e não tinha essa questão sexual, até porque ele era virgem e bastante religioso. No segundo, foi tranquilo também, porque ele também era ace”, pontua Jeanine Adler.
O preconceito
Uma das maiores dificuldades relatadas pelos assexuais é o preconceito. Em razão disso, muitos optam por não falar abertamente sobre o assunto.
Walter Mastelaro sofreu durante anos com dificuldades em relacionamentos amorosos, até se descobrir assexual. Desde então, comenta que constantemente é alvo de preconceito. “Já ouvi comentários preconceituosos por parte de médico, psicólogos e até amigos. Ofensas de desconhecidos na internet também são muito comuns. Pessoalmente, prefiro adotar uma postura não-violenta ao confrontar essas situações”, diz.
“Muitas pessoas acreditam que assexuais não sofrem preconceitos, o que é uma tolice. Vivemos em uma sociedade na qual o sexo ainda representa sucesso e poder. Somos constantemente ensinados que só podemos nos sentir valorizados ao termos alguém, ao sermos desejados. É clara a existência de uma estrutura social que, com muita facilidade, reproduz preconceitos contra os assexuais”, afirma.
Segundo os assexuais, muitos familiares e conhecidos acreditam que a ausência de interesse sexual é apenas uma fase. Para Carmita, é pouco provável que um assexual se torne alossexual com o passar dos anos.
“Tudo é possível no campo da sexualidade. Mas, sem dúvidas, posso afirmar que há pessoas que passam a vida toda sem atividade sexual e sem se preocupar com isso”, destaca a psiquiatra.
Ela também rebate os argumentos de que assexualidade está ligada a questões hormonais. “Não há nenhum envolvimento com uma suposta deficiência hormonal. Quando a gente mede os hormônios de um assexual, está tudo dentro daquilo que é considero natural. Ou seja, são pessoas saudáveis do ponto de vista hormonal”, explica.
Conforme Breno Rosostolato, as pessoas que têm algum tipo de preconceito contra os assexuais costumam desconhecer o assunto. “O ser humano é múltiplo, por isso é preciso entender que o prazer não está apenas atrelado ao sexo. Cada um sabe o que é prazeroso para si. O preconceito é pautado na ignorância às possibilidades em uma sociedade que dá extrema importância ao sexo”, afirma.
Em meio aos relatos de preconceito, há também casos de assexuais que afirmam nunca ter passado por situações assim. “Os meus parentes que sabem sobre a minha assexualidade não se importam. Os mais velhos não sabem, porque não entenderiam. De certa forma, minha família é indiferente sobre isso. Os meus amigos me ajudaram muito quando me descobri. Eles foram maravilhosos, me aceitaram sem duvidar, mostraram muito respeito e até mudam de assunto quando mostro que estou desconfortável”, diz Jeanine.
Representatividade
O psicólogo Luigi Silvino, que fez estudos sobre a assexualidade, conta que é necessário haver mais esclarecimento sobre o tema. “É preciso que haja mais pesquisa e menos preconceito, porque muitos pensam que ser assexual é ser doente. É necessário que haja uma visibilidade maior”, pontua.
A ciência ainda investiga a origem da assexualidade. Segundo Carmita, a possibilidade mais estudada é de que os neurotransmissores – responsáveis pela comunicação entre os neurônios – dos assexuais estejam voltado para uma menor quantidade de dopamina, responsável por provocar o início de atividades relacionadas ao prazer, como o sexo. “Mas ainda são estudos em estágio inicial”, frisa a psiquiatra.
De acordo com Carmita, um dos objetivos dos estudos sobre o assunto é descobrir se a assexualidade é uma condição inata ou se ela é desenvolvida ao longo da vida.
“Existe a possibilidade de ser algo que esse indivíduo foi aprendendo com o passar dos anos, mas também pode ser uma característica com a qual ele nasceu”, explica.
Os estudos ainda incipientes e o pouco debate sobre o tema dificultam a representatividade dos assexuais, segundo especialistas.
Para Walter Mastelaro, a falta de referenciais na assexualidade é uma das maiores dificuldades para a comunidade ace. “Durante anos, me senti uma pessoa quebrada. Uma das piores coisas era não encontrar quem pudesse me ajudar a entender o que eu sentia. Acho que muito do sofrimento que assexuais relatam sentir em suas vidas é culpa da falta de conhecimento e visibilidade sobre a assexualidade”, declara.
Entre os aces, muitos defendem que a assexualidade seja atrelada ao movimento LGBT, por acreditarem que ela também representar um dos aspectos da diversidade sexual.
“Pelos estudos que faço sobre a assexualidade, acho plausível a inclusão dela na sigla LGBT, porque é um aspecto de identificação da pessoa, de ordem afetiva ou sexual. Não podemos ignorar essa orientação. Os assexuais também devem ser reconhecidos. Não incluí-los, para mim, é uma invisibilidade contra esse grupo”, afirma Breno Rosostolato.
‘Prefiro bolo’
Entre os assexuais, uma das afirmações mais comuns é de que um pedaço de bolo é melhor que sexo. Isso porque eles relatam que sentem mais prazer com o alimento. Para muitos deles, qualquer atividade que traga bem-estar é melhor que a prática sexual.
Hoje, Nathalia não se envergonha por preferir o bolo.
“Não preciso de sexo para me sentir completa. Não sou fechada à possibilidade, porém não é algo que quero para mim. Futuramente, posso sentir a necessidade de me envolver com alguém, mas, por enquanto, estou muito bem sem estar em um relacionamento.”
Cláudia acredita que a única distinção entre os assexuais é que eles não se relacionam sexualmente e amorosamente da mesma forma que os outros. “De resto, não há diferença nenhuma com as outras pessoas.”
*O entrevistado pediu para não ter a identidade revelada
Fonte: BBC Brasil News