Foi realizada nesta segunda-feira (05/10) a sessão de apresentação dos resultados da 1ª etapa do levantamento sobre o “Impacto da Epidemia de Covid-19 nas Políticas de Tuberculose, HIV/Aids no Brasil”.
O encontro que ocorreu de modo virtual contou com a participação de alguns membros da equipe ABIA como o vice-presidente, Veriano Terto Jr, o assessor de projetos, Juan Carlos Raxach, a coordenadora de comunicação, Angélica Basthi e os jovens assistentes do Projeto Diversidade Sexual, Jean Pierry e Jéssica Marinho.
Nesta primeira etapa o levantamento foi realizado em conjunto a gestores dos programas estaduais e municipais (capitais) de Tuberculose, HIV/AIDS, trabalhadores de saúde e usuários dos serviços com o objetivo de compreendermos o impacto da epidemia de Covid-19 nas políticas de TB, HIV/Aids no Brasil.
A pesquisa surgiu através da Articulação Social Brasileira para o Enfrentamento da Tuberculose (ART TB Brasil), do Comitê Comunitário de Acompanhamento de Pesquisas em Tuberculose no Brasil (CCAP TB Brasil), do segmento da Sociedade Civil (SC) da Parceria Brasileira TB (STOP TB Brasil) e da Articulação Nacional de Luta Conta a Aids (ANAIDS), com apoio da Força-Tarefa da Sociedade Civil da Organização Mundial da Saúde (WHO-CSTF).
Abaixo você encontra alguns dos dados apresentados na sessão. Contudo para ter acesso ao documento completo você deve buscar as redes sociais das entidades articuladas neste processo:
– Perfil dos entrevistados: 101 gestores, 190 profissionais da saúde e 550 usuários de serviços (três segmentos envolvidos nas políticas públicas);
– 8% entrevistados são do Norte; 21% do Centro Oeste; 11% do Sul, 54% do Sudeste e 25% do Nordeste;
– 50% dos entrevistados não sabem dizer se houve alteração de recursos financeiros para o setor em 2020. 10% reportaram redução e 40% disseram não ter tido redução;
– Sobre redução das equipes técnicas 50% dos e 51% dos profissionais de saúde afirmaram que sim;
– Tempo para diagnóstico dos casos: média de 2 dias;
– 75% dos gestores afirmaram utilizar estratégias de tratamento conforme o perfil do usuário;
– 63% dos usuários receberam medicamentos para 30 dias; 27% para mais de 30 dias e 10% para 15 dias ou menos;
– 29% dos usuários tiveram impacto médio em sua renda, 42% tiveram alto impacto e apenas 19% não tiveram impacto;
– 55% dos profissionais da saúde acessaram teste da COVID-19, 38% só quando teve sintomas e 58% conhece alguém que teve;
– 81% dos usuários não fizeram o teste, 8% dos que fizeram deram positivo e 12% fez o teste, mas não quis informar o resultado;
– 31% dos usuários receberam auxílio emergencial. 28% auxílio de ONGs,12% recebem Bolsa Família e 7% Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Texto: Jéssica Marinho e Jean Pierry Oliveira