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Projeto Diversidade Sexual participa de reunião com foco em capacitação de IST/AIDS e Hepatites Virais para jovens


Foto: Divulgação

Realizado no prédio da CAP 1.0 (Coordenadoria de Saúde da Área de Planejamento), na Cinelândia, Centro (RJ), na última terça feira (11), a Reunião para elaboração da Capacitação em IST/AIDS e Hepatites virais com jovens convidou agentes de saúde, ativistas contra a AIDS, estudantes, jovens e adultos para dialogar acerca de ações de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis, AIDS e Hepatites Virais. A ideia teve como premissa entender como e quais são as principais ações realizadas pelas instituições convidadas.

Os 14 participantes presentes terão como objetivo, ao longo de todo o processo, auxiliar na elaboração e no subsídio de uma oficina/capacitação que promova uma nova forma de comunicação, multiplicação da informação e acesso ao tratamento e à prevenção do HIV/AIDS e Hepatites Virais no estado. Diversas instituições estiveram presentes como a Federação dos Bandeirantes do Brasil (FBB0, Grupo Pela Vidda Niterói, Conexão G, Projeto sem Vergonha, CEDAPS e a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), por meio do Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens. Um dos assistentes de projetos, Jean Pierry Oliveira marcou presença e, no início do encontro, contextualizou o histórico do projeto coordenado por Vagner de Almeida, suas atribuições, realizações, dificuldades e perspectivas. “Nosso trabalho se caracteriza pela horizontalidade: não chegamos sabendo tudo nem temos essa pretensão. Nosso interesse é dialogar e aprender para poder conhecer e depois ensinar”, contou.

Prevenção Combinada

“Como trabalhar a prevenção combinada enquanto estratégia com os jovens?”. Essa foi a indagação feita pela pedagoga Cristina “Kiki” Branco, da Secretaria Estadual de Saúde. Atuando como consultora na temática a profissional identificou uma grande dificuldade em lidar com as diferentes juventudes e seus contextos no que tange a questão.

Diante disso, ela pretende ouvir e aprender com as experiências dos representantes institucionais ali presentes dentro do tema. A educação entre pares é o elemento norteador da capacitação pretendida, “pois precisamos formar jovens multiplicadores e reforçar o protagonismo juvenil na luta contra a AIDS”, afirmou Kiki. Mas para além disso, poder falar de prevenção combinada inter-relacionada com questões de estigma, raça/cor, sexualidade, identidade de gênero e demais subjetividades das tribos (populações). A proposta mínima para se alcançar os objetivos deve ter:

– 60 participantes

– Ser realizado em 2 dias – no segundo dia estendido até 14h00.

– Uso de educação entre pares

– Alcançar os jovens nas redes sociais

– Produção de material na linguagem apropriada dos jovens

Redes Sociais e Youtubers

Um dos pontos avaliados da reunião foi o uso das novas tecnologias e aplicativos, principal nicho onde jovens e adolescentes estão na maior parte do tempo, como apoio para a disseminação de informação sobre prevenção combinada.

Com uma influência e alcance diários de milhões de visualizações os chamados Youtubers brasileiros, tais como Whindersson Nunes e Felipe Netto, por exemplo, entre outros, foram salientados como possíveis auxiliadores da capacitação via produção de conteúdo específico em seus canais, com o intuito de produzirem ao menos um vídeo abordando um aspecto da prevenção combinada. “O que os jovens hoje em dia mais reivindicam são espaços onde eles se sintam representados. Eles querem se ver e protagonizar”, atestou o ativista Jean Vinícius. “Temos que ver onde esses jovens estão para alcançar eles. E a maioria deles estão nos aplicativos, como aqueles de pegação. E lá muitos deles dizem que são negativos, mas estão usando PrEP (Profilaxia pré-exposição). E eu não sei se realmente eles tem conhecimento disso e estão fazendo uso de PrEP”, chamou atenção Cazu Barros da FBB.

A grande dificuldade debatida pelos participantes na elaboração das propostas girou em torno da linguagem utilizada, o público para quem se quer falar e que ferramentas utilizar. “A gente precisa pensar uma outra narrativa. Precisamos interpretar o que a juventude entende por prevenção e PrEP. Porque o governo, o Bolsonaro e tantos outros já partem do princípio de que eles não sabem nada”, criticou Maria Rita do Grupo Movimentação; A fala da pesquisadora dialoga com o princípio do protagonismo juvenil, que é um formato de educação para a cidadania onde o jovem toma uma atitude de centralidade, ação e a fonte de compromisso é a responsabilidade.

Em seguida, os jovens e adultos subdividiram-se em três grupos e cada um deles teve como tarefa escrever sobre elementos fundamentais que não podem deixar de serem incorporados na capacitação dos jovens. De maneira geral, os grupos pactuaram abordar os direitos da juventude brasileira, saúde sexual, saúde reprodutiva, intervenções artísticas, cenário político etc.

Por fim, acordou-se uma nova reunião, com o mesmo grupo, para o dia 09/07 onde os gestores estaduais de saúde farão uma devolutiva com relação a programação do evento a partir das sugestões.

 

Texto: Jean Pierry Oliveira

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