Representado pela assistente de projetos Jéssica Marinho o Projeto Diversidade Sexual participou da escuta temática Saúde para a Juventude Fluminense organizado pela Comissão Especial da Juventude da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). O encontro foi presidido pelo mandato da deputada Dani Monteiro, o mais jovem que compõem a casa. O objetivo era verificar a situação dos jovens e propor políticas públicas para essa faixa etária. De acordo com o mandato, ao final de todo o processo um relatório com as necessidades observadas será apresentado a sociedade civil e governo estadual.
Entre os convidados da mesa de abertura da escuta temática estavam: Tassia Gusmão, pesquisadora e colaboradora da comissão, Thais Lisboa assistente social e militante do Núcleo Estadual do Movimento da Luta Antimanicomial, Alessandra Makkeda – diretora do Instituto Transformar, Nadja Carvalho, assessora do vereador Marcão de Salvador (BA), entre outros.
Caíque Azael, colaborador da Comissão, discorreu sobre o processo de construção e trabalhos realizados pela mesma durante o período. De acordo com o jovem, cerca de duzentos voluntários fizeram parte da construção de pesquisa dos aspectos a serem monitorados sobre a comissão. Caíque explicou ainda que, “a partir do diagnóstico de vulnerabilidades específicas da juventude foi observada esta necessidade de mobilizar os jovens do estado para elaborar estudos específicos, em conjunto da Comissão, para que a gente possa propor novas políticas públicas. ”
Assim, o jovem apresentou os sub-eixos que foram identificados como de suma importância para a composição do estudo sobre a saúde da população jovem fluminense: saúde mental e política de drogas, saúde da negritude, saúde da mulher e da população LGBT+.
Alessandra Makkeda agradeceu o convite e parabenizou a equipe por pensar nos recortes tão detalhadamente, o que para ela é de extrema importância e fundamental para o sucesso das pesquisas. Makkeda completou sua fala comentando sobre a ineficácia do Estado no que tange o cumprimento do programa transexualizador. “ Hoje nós observamos um aumento da evasão escolar devido ao não cumprimento das normas de identidade de gênero mesmo com a portaria. ” Para Makkeda “a falta de dados sobre o tema é um dado muito valioso e que precisa ser investigado com urgência. ”
Carolline Scoppel, consultora farmacêutica do Grupo de Propriedade Intelectual (GTPI/ABIA), indagou os presentes questionando sobre a complexidade e transversalidades presentes nas pautas que englobam a temática de saúde. Scoppel acredita que “o relatório deve acima de tudo identificar qual a juventude que reside hoje do Estado do Rio de Janeiro suas complexidades e dificuldades diárias. Pois com isso podemos entender os problemas vivenciados por esta parcela da população. ”
Finalizando o encontro os colaboradores do mandato agradeceram e convidaram todos os presentes para a próxima escuta temática.
Texto: Jéssica Marinho
Foto: Jéssica Marinho
