Este artigo revisita a história da prevenção do HIV para gays e outros homens que fazem sexo com homens em relação à política de saúde pública e ao papel dos movimentos sociais relacionados à AIDS e LGBT no Brasil. Um estudo interpretativo foi realizado informado por hermenêutica filosófica e fenomenológica. Incluiu entrevistas com políticos, pesquisadores e ativistas envolvidos com HIV e AIDS, especialmente a prevenção do HIV entre gays e outros homens que fazem sexo com homens. As iniciativas de prevenção foram analisadas com foco nos aspectos sociais e programáticos da vulnerabilidade ao HIV, e avanços e retrocessos na resposta brasileira à epidemia. A recente crise na prevenção do HIV desencadeada pelo crescente conservadorismo na política brasileira e pela lgbtfobia do atual governo colocam barreiras que comprometem questões de profunda importância no que diz respeito à política sobre HIV e AIDS: ou seja, engajamento com direitos humanos e participação social.
Richard Parker, diretor-presidente da ABIA, colaborou para a criação do artigo em conjunto com Thiago Félix Pinheiro,José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres e Geórgia Sibele Nogueira da Silva.
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Fonte: Culture, Health & Sexuality