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Por que tantos jovens parecem ter perdido o medo da Aids?


(iStock/Reprodução)

Oi, galera! Eu sou a Gyovanna Cabral e esses dias vi uma pesquisa que dizia que a cada 3 minutos, um jovem se infecta com o vírus do HIV. Isso me assustou muito, por ser uma realidade muito próxima não só de mim, mas das leitoras desse Blog e pessoas ao meu redor. Mas, vocês sabem o suficiente sobre esse vírus? Pelo menos o suficiente para ter medo de se infectar?

Pensando nisso, eu tive a oportunidade de conversar um pouco com a Dra. Dirce Bonfim, que esteve presente no primeiro caso de HIV no Rio de Janeiro. Ela explicou como descobriram através de uma pneumonia fortíssima em 1980 e suspeitaram ser um agente transmitido pelo sexo ou por produtos injetáveis e drogas. No Rio de Janeiro, o primeiro paciente surgiu em 1985, mas de cara ele não tinha o diagnóstico da Aids e, sim, apenas uma febre forte e, em seguida, sapinho. Depois de alguns exames e nenhuma resposta, começou a suspeita de que era isso que estava se alastrando pelos Estados Unidos. De início, surgiu um receio de não conseguirmos lidar com a situação, avisaram a fundação Oswaldo Cruz e após um teste, foi confirmada a suspeita do primeiro paciente no Rio de Janeiro com o vírus do HIV.

Após o primeiro diagnóstico, surgiram várias outras pessoas com suspeita de serem soro positivo. Imaginem, na época, não saber absolutamente nada sobre o vírus e como tratá-lo? Pois é, gente. Foi complicado. “A gente sabia que era um agente viral, mas não sabíamos se precisávamos isolar, usar máscaras ou se era transmitida pela via aérea. Alguns exames, como a colonoscopia, acabavam não sendo feitos pelos especialistas por não saberem lidar com a higienização do equipamento após o uso“, relata a Dra. Dirce. Havia também um grande preconceito na época. Pacientes chegavam a serem expulsos de casa por puro preconceito da família por ter um filho com HIV. O paciente mais jovem da médica na época tinha 17 anos de idade. Ou seja, o vírus estava atacando adolescentes.

O Ministério da Saúde começou a conscientizar jovens sobre o uso de preservativos e surgiram inúmeros grupos como o GAPA (Grupo de Apoio à Prevenção da Aids) que, inclusive, chegou a levar soropositivos para salas de aula para falar sobre a vivência com o vírus. Talvez por serem de uma época diferente da que aconteceu o surto, os jovens perderam totalmente o medo. É comum ouvir adolescentes apresentando mais medo de gravidez do que de infecções sexualmente transmissíveis, o que é absolutamente errado! Aids ainda não tem cura e muda sua vida para sempre.

Depois que criaram a PREP (Profilaxia Pré-Exposição), um tipo de medicamento que é ingerido antes e previne (embora não 100%) a infecção, surgiram projetos governamentais que pedem o fim do coquetel gratuito. “A gente observa que a maioria dos pacientes que fazem uso dos retrovirais não tem condições de comprar qualquer medicação extra do tratamento. Assim como a insulina é acessível, o coquetel também deve ser. Não tem como discriminar”, comenta.

Não deixem que um momento se torne o resto da sua vida. É importante que tenhamos consciência de como a Aids já levou tantas pessoas maravilhosas, como Cazuza. Não deixem-se levar por poucos minutos.

Fonte: Capricho

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