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População LGBT é mais vulnerável ao coronavírus? Infectologista Ricardo Vasconcelos explica


No último dia 11 de março, mais de 100 organizações LGBT divulgaram uma carta aberta conjunta aos prestadores de serviços de saúde e principais meios de comunicação sobre pessoas LGBTQ e o coronavírus.

O vice-diretor da Rede Nacional de Câncer LGBT afirma que “à medida que a disseminação do novo coronavírus, também conhecido como COVID-19, aumenta, muitas pessoas LGBT estão compreensivelmente preocupadas com a forma como esse vírus pode afetar a nós e nossas comunidades.

A carta ressalta que as pessoas LGBT são vulneráveis ​​devido a três fatores específicos:

“A população LGBT usa tabaco a taxas 50% maiores que a população em geral”, afirma, “e o COVID-19 é uma doença respiratória que se mostrou particularmente prejudicial para os fumantes. As pessoas LGBT também estão em risco porque nossa comunidade tem taxas mais altas de HIV e câncer, o que significa que um número maior de nós pode ter um sistema imunológico comprometido, deixando-nos mais vulneráveis ​​às infecções por COVID-19”.

Por outro lado, o infectologista Ricardo Vasconcelos explica que essas questões não estão diretamente relacionadas à população LGBT e nem ao HIV. “O HIV ainda não foi associado a casos mais graves do coronavírus. O que meus pacientes estão recebendo como orientação é a preocupação que todo mundo deve ter.”

“Além disso é importante esclarecer que algumas pessoas que fumam cigarros têm como consequências doenças pulmonares e outras não. O que está associado ao coronavírus, como um fator de vulnerabilidade, são as doenças pulmonares e não o tabagismo.”

Segundo ativistas, o terceiro e último fator em que as pessoas LGBTQ são mais vulneráveis ​​é porque “continuamos a sofrer discriminação, atitudes hostis e falta de entendimento dos provedores e funcionários em muitos locais de assistência médica.”

Ricardo Vasconcelos, por sua vez, afirma que “não vejo essa associação diante de um estado de saúde mais grave. E esse cenário não foi apresentado em nenhum estudos nos outros países, como a China ou Itália. Além disso, para evitar que se forme mais estigma entre os LGBTs, prefiro dizer que a idade avançada e comorbidades como cardiopatia, hipertensão, diabetes, doenças pulmonares e não o HIV é que colocam de fato as pessoas em vulnerabilidade. Pelo menos uma vez na vida temos uma doença em que os LGBTs não estão mais vulneráveis.”

Fonte: Agência de Notícias da AIDS

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