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População jovem é a mais acometida com HIV/Aids


A coordenadora municipal de IST/Aids, Alana Niége, revela que, desde 2018, as estatísticas apontam que a população jovem é a mais acometida pelas infecções sexualmente transmissíveis.

“Existem estudos que explicam que é a população que não chegou a ver pessoas debilitadas devido ao HIV/Aids na época que o tratamento não era eficaz como temos atualmente. Vemos também que o uso do preservativo pelo público jovem não está sendo tão rotineiro, por isso levamos mais informação a essa população”, destaca.

“Hoje, qualquer pessoa que faça sexo sem preservativo está vulnerável a ter uma infecção sexualmente transmissível. De 2015 a 2017, tivemos uma crescente bem significativa no número de mulheres com HIV. Alguns estudos dizem que isso pode estar acontecendo por fatores como a vulnerabilidade da mulher em frente ao marido; não usar o preservativo visto que tem um parceiro fixo; violência doméstica que também está aumentando. Essa vulnerabilidade feminina pode estar ajudando para o aumento de casos em mulheres”, ressalta.

Infecção não apresenta sintomas

O HIV não apresenta sintomas, por isso, todos que têm uma vida sexualmente ativa devem fazer o teste para garantir que não foram contaminados. “Quando falamos de HIV, estamos falando de infecção e não obrigatoriamente vai apresentar sintomas. Quem pedimos para procurar e realizar os testes? Qualquer pessoa que tem vida sexual ativa. O tempo de realizar o exame vai depender da forma de vida de cada paciente”, explica Alana Niége, coordenadora municipal de IST/Aids.

Se você se expõe mais ao sexo, deve fazer o teste pelo menos duas vezes ao ano ou a cada três meses. Mas se tem um parceiro fixo e uma vida sexual somente com aquela pessoa, o teste pode ser feito uma vez ao ano. Contudo, se você passou por uma situação de risco, apresenta diarreia crônica que está demorando muitos dias e não apresenta melhoras; infecções oportunistas; pneumonia que passou por tratamento e não curou e está com o sistema imunológico mais enfraquecido, deve realizar o teste.

“Mas não se deve esperar ter esses sintomas para realizar o teste de HIV. A janela imunológica é o tempo que a pessoa precisa, desde o tempo que ela se infectou até fazer o teste, que são de 30 dias. Alguns casos levam até três meses para que a gente consiga identificar”, conclui.


A coordenadora municipal de IST/Aids, Alana Niége, revela que, desde 2018, as estatísticas apontam que a população jovem é a mais acometida. Assis Fernandes

Teste rápido dá resultado para HIV em apenas 30 minutos

O diagnóstico de HIV é feito através de um teste simples, rápido, gratuito e seguro; é feito pela polpa digital e leva apenas 30 minutos para sair o resultado. Se for diagnosticado com HIV, seja na Atenção Básica, em campanha ou unidade hospitalar, o paciente é encaminhado para as unidades de referência para quem reside em Teresina, que fica no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do Hospital Lineu Araújo, nos turnos manhã e tarde.

O local dispõe de enfermeiros e médicos infectologistas capacitados para dar o andamento e monitoramento daquele paciente. Ele cria um vínculo com aquele serviço, frequentando o SAE durante toda a vida por conta do uso da medicação.

Já o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela é mais voltado para as pessoas que residem em outros municípios do Piauí e também dispõe de profissionais capacitados para realizar o teste e acolhimento. No Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), esse teste acontece de segunda a sexta-feira, nos turnos manhã e tarde, somente não funciona aos finais de semana.

O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA Estadual) fica localizado na Rua 24 de Janeiro, 124, 2º andar, Centro/Norte. O telefone para contato é (86) 3216- 2046.


O diagnóstico de HIV é feito através de um teste simples, rápido, gratuito e seguro. Assis Fernandes

Tratamento

Se for diagnosticado com HIV, o usuário recebe sua medicação na unidade de referência, faz exames complementares e é acompanhado durante toda sua vida. O tratamento é uma terapia antirretroviral, que antigamente chamava de coquetel, já que o paciente tomava vários comprimidos. Hoje, com o advento da medicina e atualização das medicações, esse medicamento se resume a um ou dois comprimidos.

“Quem vai escolher a medicação que o paciente vai fazer é o médico infectologista que está fazendo o acompanhamento. Hoje não se tem mais os efeitos colaterais como antigamente, que era o que fazia com que as pessoas abandonassem o tratamento.

O medicamento dolutegravir foi um grande ganho para os pacientes com HIV/Aids, pois é uma medicação extremamente eficaz, que consegue reduzir a carga viral a um nível indetectável, ou seja, a pessoa não está curada, mas a carga viral diminui tanto no organismo que inviabiliza a transmissão para outra pessoa. O tratamento também é uma medida de prevenção, pois diminui os riscos de transmissão”, disse Alana Niége.

Aconselhamento com psicólogo auxilia no diagnóstico da doença

Além dos métodos preventivos, ao procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento Estadual (CTA) para realizar o teste de HIV e Aids, o paciente vai ter direito a dois apoios psicológicos: no pré-teste, feito para preparar a pessoa e informando sobre as ISTs, e no pós-teste, o momento da entrega do resultado, sendo ele positivo ou negativo.

Laiane Lopes é psicóloga e trabalha no Centro de Testagem e Aconselhamento Estadual (CTA) há 10 anos. A profissional explica que, ao atender o paciente, ela busca saber quais informações já tem sobre sexualidade e as prevenções e, a partir disso, tirar as dúvidas e investigar o que traz a pessoa a ir fazer o teste.

“O profissional tem que estar pronto para ouvir, acolher a pessoa com a demanda e as peculiaridades dela, respeitar a forma de vida e a sexualidade sem juízo de valor. Quando a pessoa vem fazer o teste, ela vem por algum motivo e a gente vai esclarecer sobre os possíveis resultados”, diz Laiane Lopes.

Laiane Lopes explica que, ao atender o paciente, ela busca saber quais informações já tem sobre sexualidade e as prevenções. Assis Fernandes

De acordo com a psicóloga, ainda existe muito preconceito em relação às pessoas portadoras do vírus do HIV e da Aids. Muitos não sabem como a infecção é transmitida. Existe até os dias atuais o receio de sentar na mesma cadeira das pessoas que têm HIV, de comer com o mesmo talher. Então, o seu papel, segundo Laiane, é desmistificar estes estigmas, pois é possível conviver com a pessoa que tem o vírus, ela só precisa controlar através de medicamento e usar o preservativo para se proteger.

“O HIV não é mais sinônimo de morte, a gente diferencia o vírus da síndrome, nem todo mundo que tem HIV vai ter Aids. E vamos mostrar para a pessoa que, para evitar isso, as ações estão nas mãos delas, ou seja, a boa adesão ao tratamento, o uso dos insumos de prevenção como: preservativo masculino, feminino, gel lubrificante, pois isso lhe protege de outras doenças”, afirma Laiane Lopes.

Entretanto, algumas atitudes podem atrapalhar no tratamento como: negação, a pessoa não faz corretamente o uso dos medicamentos; há os que acreditam que não tem a infecção e que o exame está errado e refaz várias vezes; o desconhecimento sobre os sintomas e as estimas que a pessoa trás sobre o HIV.

Por: Sandy Swamy e Isabela Lopes- Jornal O DIA

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