Foi lançada nessa ultima quinta-feira a pesquisa “LGBT nas prisões do Brasil”, em parceria com o ministério da mulher, da família e dos básicos direitos humanos. Os números da pesquisa assustam e mostram que mesmo sendo uma medida necessária para diminuir violência dentro das celas, os presídios ainda vivem uma realidade diferente disso.
Os números apontam que no sudeste 52% das unidades prisionais contam com celas específicas a LGBTs, e é curioso como o número cai, pois no Nordeste a porcentagem é de 25%, no Centro-Oeste de 15%, no sul 5% e no norte quase não existe, 0,9%.
Com esses números que demonstram a necessidade de uma política pública mais severa,é necessária uma reforma e a construção de celas prisionais LGBT+ aos respectivos públicos. A responsável pela promoção LGBT do ministério da mulher, e dos direitos básicos, Marina Reidel relatou que a iniciativa de pesquisa foi após uma visita da mesma em um presídio no ano de 2017, e ela relata a situação:
“Tinham 33 homossexuais [em uma cela] na outra, 8 travestis. Me choquei com a realidade. Se aqui fora a gente já sofre violência, imagina dentro daquele outro lugar”.
O consultor Gustavo Barros também ridicularizou a situação atual das divisões das celas e comentou:
É uma violência sexual também. No encarceramento, o corpo do LGBT é público. É de todo mundo, menos dele”.
O atuante de pesquisa também comentou que você ser LGBT+ na cadeia, automaticamente você responde com a sua vida, e que em uma rebelião, os LGBT+ são os primeiros torturados. Após o levantamento de dados de pesquisas por Gustavo Passos,outros pesquisadores e apoiadores LGBT+ começaram a analisar os pontos certeiros da atual situação dos presídios LGBT+, e foi levantado também por eles a necessidade de averiguação de indivíduos serem realmente ou não LGBT+, já que alguns mentem em troca de proteção em determinada cela.
Segundo o HuffPost, após os questionamentos de levantadores de pesquisas, a ministra Damares promete que reverterá todo sistema carcerário, e que ao lado de Moro, terão sucesso com uma nova reforma destinada às celas LGBT+.
O departamento penitenciário enfatiza que principais demandas de tratamento para o público LGBT+ nas prisões é de respeitar os nomes sociais, roupas como cada indivíduo se identifica,visitas intimidas, tratamentos de doenças tais como HIV, e manutenções básicas como cortar o cabelo.
Fonte: Observatório G via HuffPost