Pesquisa comandada pela psiquiatra e especialista Carmita Abdo, da USP (Universidade de São Paulo), com patrocínio da farmacêutica Pfizer revelou o comportamento sexual do brasileiro através do estudo Mosaico 2.0.
Um novo recorte da pesquisa foi feita com exclusividade para o jornal Folha de São Paulo e revelou dados e apontamentos interessantes e concluiu que cada um dos seis subgrupos analisados -homens e mulheres que podem ser heterossexuais, homossexuais ou bissexuais- se comporta de maneiras distintas. Segundo os resultados, homens bissexuais e gays usam mais camisinha do que os héteros; mulheres homossexuais são as que menos se protegem nas relações sexuais; e bissexuais têm mais parceiros do que os outros subgrupos.
As considerações da pesquisa auxiliam na identificação de problemas –como, por exemplo, o baixo índice de preservativo entre mulheres, já que existem sim transmissão de doença sexualmente transmissíveis entre elas- e na elaboração de estratégias para cada grupo. Descobriu-se durante a pesquisa que as mulheres homossexuais apresentam um baixo índice no uso do preservativo em suas relações, um assunto ainda pouco discutido, frente a possibilidade existente – apesar de muitas acharem que não – quando a transmissão das infecções sexualmente transmissíveis (IST’s).
Por outro lado, também foi visto que homens gays e bissexuais costumam se proteger mais do que os homens heterossexuais quanto ao uso da camisinha durante o sexo – provavelmente pelas intensas campanhas de prevenção. “Os homens gays tendem a se cuidar mais, se alimentar melhor, ir mais à academia. As mulheres homossexuais são mais ‘largadas’ nesse quesito, têm mais DST’s e doenças cardíacas do que os heterossexuais, não vão ao médico, têm mais câncer de mama e, sobretudo, têm mais depressão – por causa do estigma”, diz Abdo.
Outros dados da pesquisa podem ser acessados no link abaixo:
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/09/1919677-pesquisa-mapeia-o-comportamento-sexual-de-gays-e-bissexuais.shtml
Fonte: Folha de São Paulo