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Pela primeira vez, igrejas se unem para discutir inclusão LGBTI+


Os líderes religiosos vão contra a onda conservadora e defendem “Deus ao lado de todos”

FOTO: WANEZZA SOARES

“Meninos vestem azul, meninas vestem rosa”. Essa foi a frase dita pela pastora evangélica Damares Alves, no dia em que assumiu o comando do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro. O pensamento da ministra traduz a linha conservadora que muitas igrejas e líderes religiosos seguem, inclusive na luta contra os direitos da população LGBTI+.

Muitas igrejas, mas nem todas. Pela primeira vez na história do Brasil, diferentes comunidades religiosas e líderes se unem para discutirem a inclusão da população LGBTI+, entender como podem fazer uma política de acolhimento dentro dos templos e realizar leituras bíblicas para desmitificar ideias conservadoras e reacionárias.

O reverendo Arthur Cavalcante, padre da igreja Anglicana e um dos responsáveis pela organização do evento, conta que a  ideia surgiu da experiência que sua igreja passou em discutir esse tema dentro dos espaços religiosos.  “Estamos passando por um momento reacionário, do próprio governo e na estrutura de muitas igrejas. Pensei que a experiência da anglicana poderia servir de suporte para outras que pretendem começar esse movimento. Trazer um pouco de luz para essa situação toda”, disse o padre.

O encontro acontece na Paróquia Anglicana da Santíssima Trindade, no centro de São Paulo, nos dias 19 a 23 de junho, mês que é comemorado o orgulho LGBTI+.  Por todo o mundo paradas e protestos são realizadas como forma de celebração do amor e reivindicação por direitos. E é na cidade de São Paulo que a maior de todas acontece, em plena avenida Paulista, no próximo domingo 23.

E é nesse momento que o encerramento do encontro vai acontecer, com o bloco “Gente de Fé”, que serão religiosos apoiando a causa LGBTI+. Esse ano a expectativa é que o tom da parada seja ainda mais político, pois é a primeira que acontece pós eleição do presidente Jair Bolsonaro, que diversas vezes já se classificou como homofóbico.

“O objetivo é além de discutir e refletir sobre espiritualidade e diversidade mas também estreitar laços dos espaços religiosos para minimizar o preconceito e intolerância no contexto desafiador do crescimento dos fundamentalismos e da fragilização de direitos de LGBTI+”, concluiu Arthur.

Fonte: Carta Capital

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