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Número de pretos ou pardos no Ensino Superior supera o de brancos pela primeira vez


Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O acesso à universidade tem se tornado uma realidade cada vez mais presente para os pretos e pardos – classificação oficial utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para essas cores ou raças no Brasil. Um estudo do instituto divulgado nesta quarta-feira (13) mostrou que, em 2018, os pretos ou pardos passaram a ser 50,3% dos estudantes de Ensino Superior da rede pública: ou seja, eles já são maioria. É a primeira vez que os pretos e pardos ultrapassam a metade das matrículas em universidades e faculdades públicas, ainda que correspondam à maior parte da população nacional (55,8%).

Apesar dos avanços em acesso e permanência no Ensino Superior, eles ainda ficam abaixo em alguns índices. Entre os jovens pretos ou pardos de 18 a 24 anos que estudavam, a proporção cursando Ensino Superior, etapa considerada adequada a essa faixa etária, aumentou de 2016 (50,5%) para 2018 (55,6%). Esse patamar, contudo, ainda ficou abaixo dos 78,8% de estudantes brancos da mesma faixa etária em faculdades, centros universitários e universidades.

Na população de jovens de 18 a 24 anos, frequentando ou não instituição de ensino, o percentual de brancos que cursava ou já havia concluído uma graduação (36,1%) era quase o dobro do de jovens pretos ou pardos (18,3%).

Quanto à taxa de ingresso no nível superior, relativo ao percentual da população que concluiu ao menos o Ensino Médio e que entrou no Ensino Superior, independentemente de tê-lo concluído ou não, os pretos ou pardos eram 35,4%; os brancos, 53,2%.

Desigualdade no mercado de trabalho

O rendimento médio mensal das pessoas brancas ocupadas (R$2.796) foi 73,9% superior ao da população preta ou parda (R$ 1.608). Os brancos com nível superior completo ganhavam por hora 45% a mais do que os pretos ou pardos com o mesmo nível de instrução.

desigualdade também estava presente na distribuição de cargos gerenciais, somente 29,9% deles eram exercidos por pessoas pretas ou pardas.

Em relação à distribuição de renda, os pretos ou pardos representavam 75,2% do grupo formado pelos 10% da população com os menores rendimentos e apenas 27,7% dos 10% da população com os maiores rendimentos.

Ensino Médio

Já a taxa de conclusão do Ensino Médio (proporção de pessoas de 20 a 22 anos que concluíram esse nível) da população preta ou parda era de 61,8% e a dos brancos, 76,8%. Embora as mulheres apresentem melhores indicadores educacionais que os homens de mesma cor ou raça, a taxa de conclusão do Ensino Médio dos homens brancos (72,0%) era maior que a das mulheres pretas ou pardas (67,6%).

Entre os jovens de 18 a 24 anos com Ensino Médio completo, que não estavam frequentando a escola por terem que trabalhar ou procurar trabalho, 61,8% eram pretos ou pardos.

Conforme o IBGE, as análises desse estudo estão concentradas somente nas desigualdades entre brancos e pretos ou pardos, devido às restrições estatísticas impostas pela baixa representação dos indígenas e amarelos no total da população brasileira quando se utilizam dados amostrais.

*Com informações da Agência Brasil

Fonte: Gaucha ZH

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