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Nos EUA, artista cria asas de borboleta para honrar Dandara, travesti morta no Brasil


NOAM GALAI VIA GETTY IMAGES

A drag queen Peppermint, veterana do “RuPaul’s Drag Race”, e o âncora de meteorologia Sam Champion, da ABC News, estiveram entre os notáveis presentes na segunda-feira (4) para a inauguração de uma escultura deslumbrante que homenageia a comunidade transgênero e de gênero não conforme (GNC) de Nova York.

Intitulada “Dandara”, a escultura de fibra de vidro lembra um par de asas de borboleta e ficará exposta até 4 de maio de 2020 no Tribeca Park, em Manhattan. O trabalho de quatro metros de largura e dez metros de altura foi criado pelo artista brasileiro Rubem Robierb como parte de sua série “Dream Machine”, em homenagem àqueles que “viveram ou morreram lutando por seus sonhos ou pelo sonho de outros”.

“Em homenagem à força e bravura da comunidade trans e GNC, ‘Dandara’ traz uma mensagem e um significado importante”, disse Robierb, casado com Sam Champion desde 2012, falando à ABC. “Senti que Nova York era um ótimo lugar para expor esta ideia em escala pública.”

O nome da escultura vem de Dandara dos Santos, travesti brasileira que foi espancada e morta em 2017. O Brasil é considerado um dos lugares mais perigosos do mundo para as pessoas transgênero. No ano passado a organização de defesa das pessoas trans Transgender Europe contabilizou 125 pessoas trans assassinadas no Brasil entre janeiro e o final de setembro – o número mais alto do mundo.

De acordo com a Human Rights Campaign, pelo menos 22 pessoas transgênero ou de gênero não conforme foram assassinadas nos EUA este ano. Embora seja impossível ter um número exato, ativistas constataram o assassinato de pelo menos 26 pessoas trans e de gênero não conforme em 2018.

A cerimônia e instalação da escultura foram apresentadas pelo Mastercard, que doou US$5.000 ao Programa de Mídia de Transgêneros da GLAAD (Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação), em honra à ocasião. Falando no evento do dia 4, conforme foi visto em imagens de vídeo do evento postadas nas redes sociais, Peppermint se disse “feliz por ter podido redimir a história de Dandara”.

Ela acrescentou: “Quem sabe este seja o ponto de partida para outras pessoas queer, pessoas trans, meninas trans e pessoas de gênero não conforme terem um espaço onde possam vir e saber que seus sonhos podem ser realizados”.

Em um ensaio publicado pela Forbes e carregado de emoção, a jornalista Dawn Ennis disse que a inauguração de “Dandara” foi “uma maneira perfeita de iniciarmos o mês de novembro”, que por acaso é o Mês da Consciência Transgênero.

“Embora não estivessem presas a meu corpo, essas asas esculpidas com tanto amor pelas mãos de Robierb me pareceram naquele momento ser uma parte tão integral de mim quanto meus próprios braços e pernas”, disse Ennis, que é transgênero. “Eram minhas, tanto quanto são minhas as modificações que fiz para que meu corpo corresponda à minha identidade de gênero autêntica.”

“Para mim, elas me cabem melhor do que qualquer coisa que já vesti na vida.”

*Este texto foi originalmente publicado no HuffPost US e traduzido do inglês.

Fonte: HuffPosta Brasil

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