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Movimento Latinoamericano e do Caribe de Mulheres Positivas denuncia falta de antirretrovirais em países da região


O Movimento Latinoamericano e do Caribe de Mulheres Positivas denuncia falta de antirretrovirais em países da região. Em documento publicado, há um relato sobre como está a realidade do acesso ao tratamento nos principais países da região.

Confira na íntegra:

Em muitos casos os governos mostram que o HIV e a aids não são uma prioridade da saúde pública; pelo contrário, culpa as pessoas com HIV por assumirem comportamentos “promíscuos”, tratando assim de isentar o dever do Estado para proteger a saúde e proteger a vida dos cidadãos.

Um exemplo dessas atitudes é visível no governo de Jair Bolsonaro no Brasil e em outros governos da região.

No Panamá, é registrada a falta dos medicamentos Tenofovir, Efavirenz, Emtricitabina, Darunavir, o regime mais utilizado no país. Portanto, o número de pessoas sem medicação é muito alto.

Cerca de 70% das pessoas que vivem com HIV/aids são afetadas por sua falta medicamentos (aproximadamente 3.000 pessoas afetadas). Da mesma forma, a falta de exames de “CD4” e “carga viral” (testes de acompanhamento essenciais para monitorar a saúde das pessoas com HIV e seu sistema imunológico), tem efeitos diretos na saúde das pessoas com HIV.

Para mascarar a escassez, o sistema de saúde pública do Panamá mudou as prescrições para aqueles medicamentos disponíveis na farmácia. Ou seja, o que está disponível é prescrito, mas não o medicamento que a pessoa precisa. Há pessoas com HIV que em seis meses tiveram até três esquemas diferentes. Esse comportamento influencia diretamente o controle do HIV e a condição clínica da pessoa.

No Equador, a situação é semelhante, as dispensações de medicamentos são feitas por apenas quinze dias e as pessoas vivendo com HIV/aids devem esperar pelo próximo lote de medicamentos durante outros quinze dias; Muitas vezes, os lotes não são suficientes. Não existe gestão nacional em relação ao HIV /aids.

No México, a escassez de medicamentos é intermitente. Às vezes, um ou dois tipos de medicamentos, às vezes faltam outros, o que torna o tratamento desigual e interrompido. A situação mais preocupante é a falta de medicamentos para pessoas que estão em terapia de resgate. De acordo com informações de ativistas no país, recentemente “uma senhora com HIV morreu devido à falta de Kaletra”.

Na Bolívia, a compra de leite substituto para crianças nascidas de mulheres com HIV está atrasada através dos esforços do Ministério da Saúde, que deixa as crianças expostas ao HIV sem a provisão de substituto alimentar para a amamentação.

No Brasil não é diferente. Nos últimos três anos, houve escassez e descontinuidades ocasionais no distribuição de medicamentos em alguns estados. Para a pessoa com HIV/aids, um dia sem medicamentos antirretrovirais podem causar resistência e graves problemas de saúde.

Replicação viral é dinâmico, rápido e feroz, sem a ação dos anti-retrovirais, milhões de cepas virais são multiplique a cada minuto. Um mês sem medicação pode causar falha terapêutica e, em conseqüência, morte. Há uma redução significativa nos recursos para a aids no país, o que isso dificulta a compra de medicamentos ARV, medicamentos para infecções oportunistas e outras comorbidades, bem como para ações preventivas.

No Peru não há Kaletra (lopinavir e ritonavir). A sociedade civil está conversando com o Vice-Ministro da Saúde para avançar nessa questão, pressionando para garantir seus direitos. Além de os problemas causados ​​pelo HIV/aids, as pessoas com HIV são forçadas a lutar diariamente por seus direitos constitucionais, que se destinam a ser negados devido à ganância, ignorância e abandono desses governos.

Na Venezuela, a situação é caótica e catastrófica, devido a conflitos políticos no país. A gente sofre com a falta de tudo. Apesar da assistência humanitária do Fundo Global e de outras entidades e governos, ainda falta tudo para o tratamento do HIV/aids.

As pessoas com HIV enfrentam a falta de medicamentos e suprimentos por semanas e meses. Esta situação faz com que as pessoas decidam atravessar fronteiras nas condições possíveis e, assim, obter acesso a medicamentos e fornecer antirretrovirais a outros pacientes, familiares, amigos, como forma de alívio e esperança até que a situação normalize, mas quase ninguém sabe se a próxima semana terá medicações. E assim é na Argentina, onde o orçamento da aids no país foi estabelecido recentemente com um valor máximo de aproximadamente US$ 4.000.

O MLCM + se pergunta como um país pode tratar para pessoas vivendo com HIV/aids e cuidando delas apenas com US$ 4.000 por ano? Outros países da América Latina também sofrem com a escassez de antirretrovirais, descontinuidades no tratamento e cortes de recursos para tratar o HIV/aids.

Mas existem boas práticas, como as que existiam no Brasil. No Uruguai não há escassez de medicamentos desde a criação do Fundo Nacional de Aids, FONASA, que recebe 2% seguro de carro (no Uruguai, estima-se que um em cada quatro cidadãos compre e assegura carros). Existem leis que consagram os direitos humanos, como a saúde das pessoas vivendo com HIV/aids; Essa é uma boa prática do governo Pepe Mujica. No Paraguai nem há escassez de medicamentos graças à Lei nº 3940/09.

 

Fonte: Agência de AIDS

Foto: Agência de AIDS

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