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Jovens promovem cruzada antipornografia na internet


Ilustração: André de Mello/ Agência O Globo

Nascido na era da internet, o paulistano Jefferson sempre teve fácil acesso à pornografia. Embora não se considerasse viciado, assistia a material explícito pelo menos cinco vezes por semana em sites de compartilhamento de vídeos. O hábito se manteve constante até 2016, quando entrou em contato com outro tipo de conteúdo nas redes sociais. Na página “Anti Pornografia” , que tem 32 mil curtidas no Facebook, descobriu estudos sobre os danos causados pelo pornô à saúde mental e foi alertado sobre os abusos sofridos pelas atrizes dessas produções. O suficiente para que esse promotor de vendas de 23 anos, que prefere não revelar seu sobrenome, excluísse completamente a pornografia da sua vida.

– Somos uma geração educada sexualmente através do pornô, em especial os homens — diz ele. — Talvez por causa de estudos mais recentes, só agora está surgindo uma maior conscientização sobre os problemas desse consumo.

Parte da geração que cresceu com a pornografia começa agora a questioná-la. O movimento é cada vez mais visível na internet, e não está ligado a princípios religiosos, mas de bem-estar. São em geral jovens com menos de 30 anos que usam fóruns e grupos de discussões como o Reddit para se manifestar sobre os impactos da indústria pornográfica em suas vidas. Um dos assuntos mais comentados nessas comunidades é o reboot— uma técnica que, a grosso modo, tem como objetivo “reinicializar” o cérebro e reconfigurar o desejo a partir da abstinência de pornô.

Para Marina Cenni e Isadora Leal, duas das quatro administradoras da página “Anti Pornografia”, o movimento tem ganhado força principalmente por causa dos mais jovens.

—A indústria pornográfica teve um tempo livre para crescer e se solidificar na sociedade — avaliam elas, em entrevista por email. — Acho que as pessoas, aos poucos, estão se dando conta dessa força esmagadora que cresceu debaixo da cama, nas telas de jovens e adultos, enquanto recusava-se a falar sobre ela e insistia-se em normalizá-la.

Fonte: O Globo

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