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Jovens, negras e adolescentes é o perfil de mães de bebês não planejados no Brasil


Foto: Divulgação

Um em cada cinco bebês que nascem no Brasil tem mãe adolescente. Aproximadamente 70% dessas jovens são negras, e três em cada cinco não trabalham, nem estudam. O problema da gravidez não planejada, no país e no mundo, é considerado uma “tragédia” pelo Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), por gerar um ciclo de pobreza nem sempre fácil de ser quebrado. Só no Brasil, 46% de todos os nascimentos ocorridos nos últimos cinco anos não foram programados.

A entidade que é ligada a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou os dados no início desta semana em Londres por meio do relatório “Mundos separados: saúde e direitos reprodutivos em tempos de desigualdade”, que compila dados de quase 200 países. No documento, especialistas do UNFPA analisam como a desigualdade social é a causa e também o resultado de desigualdades de gênero, o que é percebido de acordo com o nível de acesso de mulheres a planejamento familiar, métodos de contracepção, educação, postos de trabalho e leis contra a violência doméstica.

Num contexto cada vez mais conservador e apoiado em retrocessos fica difícil imaginar para o Brasil políticas e ações sociais que vão de encontro a mudanças desses paradigmas. Com uma bancada evangélica atuando agressivamente em Brasília, qualquer movimento que incline-se para questões de educação sexual, diversidade, gênero, prevenção e outros acaba sendo rapidamente derrubado ou ignorado, quando não maldosamente retirada de contexto para jogar a população contra as temáticas. No meio de toda a ignorância e prepotência dos “velhos coronéis”, a população. Especialmente os/as mais jovens como demonstrado no relatório internacional são os que pagam pela falta de sensibilidade e vontade de fazer acontecer. Negras, periféricas e pobres, principalmente.

Também fica evidenciado que, infelizmente, com a ausência de aparatos governamentais de controle de natalidade, prevenção e educação sexual é natural que esse “costume” passe de menina para menina, de mulher para mulher. De mãe para filha. Dessa forma, cada vez mais novas e imaturas (social, educacional e sexualmente) elas desempenham um papel desafiador (o de ser mãe) sem ter estruturas e condições objetivas para isso. Ausência de políticas públicas = descaso e vergonha internacional.

Fonte: O Globo

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