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Jovens da ABIA reúnem-se com representantes do Ministério da Saúde, gestores do Rio de Janeiro e membros da sociedade civil


Jovens do Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens participam de reunião com a sociedade civil.

Foi realizado na última sexta feira (07/07), na sede da Secretaria de Estado de Saúde, no Centro (RJ), uma reunião com Diego Calixto do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Denise Pires da Secretaria estadual de Saúde e outros jovens e adultos representantes de movimentos sociais do Rio de Janeiro.

O objetivo foi articular propostas e debates acerca da prevenção do HIV/AIDS e Hepatites Virais com os jovens, dentro do contexto da prevenção e populações vulneráveis, para serem pautadas na Oficina de Prevenção Combinada que será realizada na terceira semana de outubro em São Paulo. “O tema da AIDS está fora da agenda de muitos movimentos e o nosso desafio é estruturar essa agenda junto com os jovens”, afirmou Denise Pires. Segundo Calixto, o intuito da Oficina de Prevenção Combinada serve tanto para incidir sobre a demanda do tema para com os jovens e seus segmentos mais expostos à epidemia, bem como deste evento sairá um documento oficial para ser apresentado no 11º Congresso de HIV/AIDS e 4º Congresso de Hepatites Virais, de 26 a 29 de setembro, na cidade de Curitiba. “É um desafio trabalhar com jovens, porque toda hora tem que se pensar em novas possibilidades e ferramentas. Mas o que a gente vai trabalhar na Oficina é com um cardápio reconhecendo algumas realidades, mas levando em consideração outras de fora”, disse ele.

Justamente sobre isso, uma das maiores dificuldades na visão do gestor diz respeito a abrangência de diversos tipos de jovens, coletivos e populações que também encontram-se em situação de vulnerabilidade, mas não costumam ser contempladas em iniciativas de prevenção. Logo, além de jovens gays, transsexuais, HSH (Homens que fazem Sexo com outros Homens) e Profissionais do Sexo, as populações de jovens negros (as), indígenas, privadas de liberdade e a de população de rua também foram inseridos para se trabalhar e levar para a Oficina. “É preciso levar a prevenção combinada para as juventudes e poder trabalhar esse mix de ações e possibilidades com elas”, concluiu Calixto. Questionado sobre a data limite de 26 anos para participar do evento em São Paulo, o representante do Ministério disse que a faixa etária serve como referência, mas “nada impede que esse jovem multiplique de seus 26 até seus 29 anos essas ações com outros pares, pois essa seria uma idade chave para ele poder se capacitar e desenvolver no seu território”. A intersetorialidade das áreas também foi um tema ressaltado como importante para se trabalhar a questão da Prevenção Combinada e suas populações específicas, para além do campo da saúde. Cazu Barroz, ativista e representante da Federação Nacional dos Bandeirantes, indagou sobre como o Ministério da Saúde vai alcançar esses jovens dentro das escolas que, costumeiramente, são os espaços onde eles mais convergem. “A ideia é termos uma agenda de criação e nós iremos produzir alguns materiais impressos. A agenda precisa ser sustentável e contemplativa e é um desafio”, enfatizou.

Já o professor Mário Sérgio, coordenador do Projeto Sem Vergonha e professor da rede estadual, criticou e rebateu a falta de insumos (materiais) básicos para se trabalhar com jovens – especialmente nas escolas – e a defasagem dos mesmos, pois “desde 2009 quando participei de reuniões em Brasília do PSE (Programa Saúde nas Escolas) o material é o mesmo”. Além disso, citou a falta de intersetorialidade com a educação e a falta de continuidade das ações conforme mudam as gestões. Outra importante discussão ocorreu em torno da seleção dos jovens participantes para a Oficina. “Eu acho que tem que ser equilibrado. É difícil, às vezes, contemplar todos entre os que já participam de movimentos (sociais) e aqueles que não tem essa experiência de atuação”, contemporizou Calixto diante de tantas opiniões divergentes. Sobre isso, a assistente do projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens Jéssica Marinho, da ABIA, indicou e sugeriu o nome do jovem Andrey Chagas que se auto-intitula como jovem afro-indígena não binário e que chegou há pouco tempo na instituição para participar do Curso de Capacitação de Jovens Multiplicadores e Roda de Conversa.

Encerrando a reunião, ficou acertado um novo encontro para novas deliberações que apontem até o dia 30 de agosto os jovens escolhidos para a Oficina de Prevenção Combinada.

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