A jovem Aline Bezzoco, 29 anos, do Rio de Janeiro, desenvolveu há dois anos o aplicativo Tá Tudo Bem? que funciona como uma ferramenta de auxílio para a prevenção ao suicídio. Inicialmente, o projeto nasceu com o propósito de desmitificar o tema, após ela ouvir comentários preconceituosos de uma pessoa que conhecia sobre uma amiga que tinha tentado se suicidar.
Mas, com a supervisão de sua psicóloga, Wanessa Lisbôa, ela foi aperfeiçoando o aplicativo, que hoje, não só informa, mas auxilia o usuário.
“Como faço terapia há alguns anos, algumas das funcionalidades são baseadas nas experiências que eu já tive. O Diário de Gratidão, por exemplo, é baseado em uma das escritas terapêuticas que faço comigo mesma, listando todas as coisas boas que aconteceram comigo”, explicou.
Entre as funcionalidades do aplicativo, estão os botões emergenciais: “preciso falar com alguém” e “preciso de ajuda”. O primeiro é um texto escrito pela psicóloga com o objetivo de acalmar o usuário, no final dele, tem um botão para ligar para o CVV (Centro de Valorização da Vida).
O segundo, é a primeira tela que aparece para o usuário antes mesmo de acessar outras abas do aplicativo. Nele, a pessoa liga automaticamente para o CVV ou para a pessoa que ele cadastrou como contato emergencial.
Há também ferramentas de meditação, textos sobre mitos do tema, mensagens diárias de apoio emocional e muito mais.
“O retorno tem sido bastante positivo. Fico feliz quando as pessoas me mandam mensagens agradecendo pelo aplicativo, dizendo o quanto ajudou ou quando algum psicólogo diz que a ideia é boa e válida, pois sei que estou no caminho certo. Há também as críticas, mas no geral são construtivas e acho válido para as melhorias do aplicativo”, afirmou.
A Aline ainda deixa bem claro que o aplicativo não substitui uma ajuda profissional. Outro detalhe, ele está disponível apenas para Android, mas, recentemente, após um financiamento coletivo, ela conseguiu pagar um ano de licença na Apple Store, ou seja, em breve estará disponível para iOs!
Um pouco mais sobre esta mulher maravilhosa!
Atualmente, a Aline é desenvolvedora front-end e trabalha numa empresa de tecnologia. Também voluntária como mentora e uma das organizadoras da WomakersCode RJ, uma iniciativa que visa capacitar e trazer mais mulheres para a área de tecnologia oferecendo oficinas de programação, circuito de palestras, hacking de carreira, entre outros.
“Além disso tenho um outro projeto que é o The Black Women History, uma API que mapeia todas as mulheres negras que fizeram e fazem parte da história do Brasil e do mundo”, conclui.
Fonte: Razões para Acreditar