Um estudo realizado por um economista da Universidade de Georgetown, nos EUA, relaciona a legalização do casamento gay ao crescimento e seus efeitos no mercado de trabalho. Dario Sansone usou dados de estados norte-americanos para chegar a essa conclusão.
No artigo, o economista relacionou dados de densidade populacional à geração de novos postos de trabalho após a regularização do casamento gay. Os resultados indicam um aumento de 2,3% na possibilidade de ambos os parceiros de um relacionamento homoafetivo estarem empregados simultaneamente. Ao mesmo tempo, ele observou redução do trabalho autônomo.
Por outro lado, Sansone explica que, com o aumento na cobertura por planos de saúde e extensão de demais benefícios oferecidos à cônjuges de casais gays, diversos funcionários podem deixar empregos que mantinham apenas pelos benefícios, uma vez que passam a usufruir dos de seu companheiro(a). Sendo assim, há possibilidade de que a força de trabalho sofra redução. Uma legislação mais flexível também incentiva os casais a começarem uma família, o que aumenta o número de pais que ficam em casa para cuidar de seus filhos.
A pesquisa também descobriu que a legalização do casamento gay reduz a discriminação, inclusive nos ambientes de trabalho. Tal fator tem se mostrado incentivador para o aumento da produtividade, o que consequentemente gera um “boom” econômico.
Outro efeito está relacionado ao comportamento da população. A tendência de buscas no Google que possuíam teor discriminatório a respeito do assunto caíram exponencialmente à medida que a união gay era legalizada em diversos estados.
Uma outra pesquisa que antecede o artigo norte-americano feita pelo Centro Internacional de Crescimento (IGC) sugere que entre 1960 e 2010, um quarto do aumento de toda a produção laboral por pessoa foi responsabilidade de afrodescendentes e mulheres, sobretudo em profissões em que eram antes excluídos socialmente, mostrando outros benefícios de políticas de inclusão para a economia.
Fonte: Época