Com o impacto da pandemia por COVID-19 em todo o mundo o que se viu, em diversos países, foi uma verdadeira avalanche de casos que fragilizou os principais sistemas público e privado de saúde. Isso significou a concentração de esforços humanos e tecnológicos exclusivamente para conter o SARS-CoV-2 e recuperar o maior número possível de vítimas.
Por outro lado, diversos tipos de procedimentos e setores tiveram que parar ou viram seus atendimentos simplesmente tornarem-se escassos mediante o caos. Preocupado com o resultado desse panorama sobre populações chave e demais problemas de saúde acarretados pela nova ordem mundial e sanitária forçosamente adotada, uma força tarefa australiana de médicos e demais profissionais da saúde lançou mão de relevantes medidas para a redução de danos durante o sexo casual entre HSH, gays e profissionais do sexo.
Juan Carlos Raxach, coordenador de projetos da ABIA, avalia que ” é super interessante como as orientações são dadas de uma forma direta sem olhares de estigmas e preconceitos. Não é um documento que proíbe ou julga o sexo casual no contexto da pandemia. De fato, reconhece a importante função social que o sexo casual tem para muitas pessoas e comunidades e que as medidas de distanciamento tem um impacto negativo na saúde física, mental e no bem-estar dos indivíduos, e salienta a importância de falar sobre sexo e saúde sexual sem julgamentos.”
O texto original foi integralmente traduzido pela equipe do Projeto Diversidade Sexual, que acredita na necessidade de se pautar o sexo casual sem as barreiras do estigma que já o acompanham por anos. Contudo, é necessário lembrarmos que a publicação considera os aspectos sociais e sanitários do país de origem. Por este motivo algumas medidas de redução de danos apontadas pelos médicos australianos não se encaixam na realidade da população brasileira.
Deste modo, a equipe do Projeto Diversidade Sexual passa a elaborar um documento com base nas diretrizes apresentadas pelos profissionais de saúde australianos que englobem as necessidades sociais, sanitárias e culturais da população brasileira.
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