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Governo e Fundo de População da ONU lançam projeto para dialogar com a juventude brasileira


Foto: UNFPA Brasil/ Paula Nishizima

Com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Coordenação Geral de Saúde dos Adolescentes e Jovens, do Ministério da Saúde, apresenta o DiverSUS — Educomunicação, Juventudes e Saúde. Criado com a participação de coletivos jovens de todo o Brasil, a iniciativa busca elaborar e difundir materiais em comunicação que dialoguem com as perspectivas e anseios das juventudes. Projeto traz reflexões sobre identidades étnicas e raciais, condições sociais, sexualidades e afetos.

O DiverSUS conta com a produção de narrativas em áudio (podcasts), vídeo (minidocumentários), fotos, ilustrações e textos. As discussões propostas pelos jovens participantes exprimem mais que denúncias. Elas apontam como a juventude tem refletido sobre questões sociais atuais, que tornam vulneráveis as suas vivências e o exercício de direitos. Entre os temas debatidos, estão o racismo, sexismo, preconceito, estigma, violência, maternidade e paternidade.

Um projeto feito por jovens e para jovens

Os materiais de comunicação foram produzidos por cinco jovens, que tiveram o acompanhamento de técnicas da Coordenação Geral do Ministério. Conceitos e categorias foram pensados de modo colaborativo entre o organismo do governo e os jovens produtores.

Para as fotografias e vídeos, o projeto percorreu cinco estados brasileiros. O DiverSUS foi ao Pará conversar com jovens negros e negras. Em Pernambuco, entrevistou jovens em situação de rua. No Rio de Janeiro, jovens em regime de internação no sistema socioeducativo. No Acre, jovens multiplicadores de saúde. E no Amazonas, jovens indígenas. Os podcasts foram gravados em Brasília.

Cada viagem buscou retratar uma experiência diferente do que é ser jovem, com foco em populações vulneráveis e que encontram poucos espaços para expressar suas perspectivas de vida. Em cada lugar, foi utilizada uma metodologia que se adequasse à realidade da juventude e que permitisse trocas entre pessoas com vivências distintas de sexualidade e de afetos.

Paula Nishizima, fotógrafa e redatora no projeto, afirma que teve muitas experiências positivas na empreitada. “Acho que foi uma experiência muito bacana e, ao mesmo tempo, desafiadora. Ganhei muita bagagem de vivência e pude aprofundar alguns entendimentos na relação entre a área da saúde e os direitos humanos. Ao mesmo tempo, acho que o projeto trouxe alguns desafios na execução que foram importantes para o meu crescimento profissional”, conta.

“Acho que o fato de um órgão do governo federal incorporar a educomunicação na execução de um projeto e se propor a executar esse projeto com jovens profissionais é muito legal. Para a gente, que acredita que a participação social é uma peça importantíssima da democracia, acho que isso demonstra uma abertura para dialogar e testar formatos que coloquem o jovem não só nesse lugar de dar ideias e trazer problemas, mas também de participar de alguma forma da construção das soluções também. Acho que o DiverSUS deu um pontapé muito importante em 2018 e a vontade é que ele possa continuar e se expandir em 2019 também”, completa Nishizima.

Histórico

A Coordenação Geral de Saúde dos Adolescentes e Jovens apostou na educomunicação como uma estratégia para contemplar a sua meta institucional de publicações com e para jovens, que abordem temas de saúde sexual e reprodutiva e consumo de álcool e outras drogas. Ao longo de sua história, o departamento concentrou esforços nas questões voltadas à adolescência, mas apresentava uma lacuna em materiais sobre e para a juventude, na faixa etária de 15 a 29 anos.

Em novembro de 2017, foi realizada uma oficina com a participação de 30 coletivos juvenis, com diversidade étnico-racial, regional e de condições sociais, para a elaboração de projetos de comunicação sobre saúde sexual e reprodutiva e uso de álcool e outras drogas. Esse evento foi o criadouro do DiverSUS.

Um ano depois, a Coordenação convidou os jovens que participaram da implementação do DiverSUS para avaliar a iniciativa e pensar em estratégias e novas temáticas que levem o projeto adiante.

Fonte: ONU Brasil

 

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