O Google alterou seu algoritmo para que a busca pela expressão “lésbica” tenha resultados mais informativos e menos pornográficos.
Anteriormente, os primeiros resultados mostrados ao pesquisar a palavra eram vídeos e imagens que sexualizavam os corpos de mulheres lésbicas.
Esta desnecessária sexualização de lésbicas tem sido citada como uma das razões por trás do abuso homofóbico que muitas mulheres lésbicas experimentam – incluindo o recente ataque a um casal em um ônibus de Londres.
O algoritmo do mecanismo de busca agora foi alterado graças a uma campanha liderada pela conta do Twitter @SEO_lesbienne e pelo site de notícias francês Numerama.
Eles observaram que apenas a palavra “lésbica” está ligada a páginas sexualizadas, enquanto a busca por páginas “gay” ou “trans” exibiam mais artigos e blogs especializados.
Numerana começou a investigar o assunto depois de ver que os resultados pornográficos apareciam sob o banner especial do Google, em memória dos tumultos de Stonewall.
Quando questionado sobre a medida, Pandu Nayak, vice-presidente de qualidade de mecanismos de busca do Google, disse: “Eu acho que estes resultados [de pesquisa] são terríveis, não há dúvida sobre isso. Estamos conscientes de que existem problemas como este, em muitas línguas e diferentes pesquisas. Desenvolvemos algoritmos para melhorar essa pesquisa.”
Eles ainda observaram problemas anteriores do Google com as palavras “menina” e “adolescente”, que também vinculavam sites pornográficos antes que as alterações do algoritmo fossem feitas.
Desde então, o Google tomou medidas e, a partir de 19 de julho, os principais resultados de pesquisa para o termo “lésbica” são artigos de notícias e a página lésbica da Wikipédia. Esses resultados aparecerão mesmo se a pesquisa segura não estiver ativa.