Um estudo realizado pela The BAME LGBT Charity em parceria com o aplicativo gay internacional Chappy, revelou que LGBTs negros, asiáticos e de outras minorias étnicas tem cinco vezes mais chances de experimentar discriminação dentro e fora do meio LGBT do que LGBTs brancos.
Ao todo foram entrevistados 500 homens gays britânicos. Dentre eles, mais de um terço (35%) dos gays negros ou orientais confirmou já ter se sentido discriminado em função de sua etnia. O número chega a ser cinco vezes maior do que o declarado entre os homens brancos.
“E este tipo de acontecimento não é só online”, disse Ozzy Amir, fundador da BAME LGBT Charity, que ainda constatou um dado alarmante: “Um número significativo destas pessoas ainda tem escolhido se isolar da comunidade LGBT e do mundo gay mainstream pelo medo de ser hostilizado pessoalmente da maneira que já é no mundo virtual”.
Isso leva muitas destas pessoas a preferirem interagir somente com outras pessoas de sua mesma etnia dentro da comunidade LGBT, os isolando em grupos ainda menores do que a minoria LGBT à qual pertencem.
“Encontros podem ser intimidadores. Portanto é responsabilidade do Chappy propor um ambiente mais saudável, feliz e seguro e não tão rude e abusivo como de costume”, disse Sam Dumas, CEO do aplicativo.
Para isso eles fizeram a campanha “Don’t Be a Dick” (“Não seja c*zão” em tradução livre) focada não apenas na comunidade gay, mas em aplicativos de encontro no geral para se discutir o assunto e mobilizar as pessoas, criando um ambiente de maior liberdade e respeito entre todos.
“Pedimos às pessoas no Chappy para serem respeitosas e em troca também denunciamos imediatamente qualquer tipo de abuso”, explicou Sam sobre o novo programa da plataforma.
Fonte: Põe na Roda