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Estado de São Paulo reduz em 11,7% novos casos de HIV, mas epidemia continua crescendo entre homens pretos


O número de infecções por HIV teve queda recorde no Estado de São Paulo. A redução foi de 11,7%, considerando os 7.938 casos novos detectados em 2018, contra 8.981, em 2017.

No estado de São Paulo foram notificados 105.422 casos de infecção pelo HIV no período de 2000 até junho de 2019. A partir de 2016 observou-se, pela primeira vez, uma queda na taxa de detecção. Para os homens, no ano de 2018 essa queda foi de 16,5%, enquanto que entre as mulheres essa queda foi de 15,3%.

No público masculino, houve 7.223 em 2017 e 6.306 em 2018. Já no feminino, foram 1.758 e 1.632, respectivamente.

Entretanto, a queda da taxa de detecção não ocorre de maneira uniforme. Ainda se constata crescimento das infecções entre homens que fazem sexo (HSH) da raça negra, principalmente ente os mais jovens, ao mesmo tempo em que há redução entre todas as faixas etárias entre HSH brancos.

“Essa queda nas infecções é uma conquista sem precedentes. Foram mil casos novos a menos de HIV, nos últimos dois anos, fruto de um trabalho intenso das equipes que trabalham com o Programa Estadual de IST/Aids e da própria conscientização da população. Precisamos avançar, garantir mais equidade no acesso à saúde, e propagar a mensagem de que o diagnóstico é uma forma de garantir tratamento adequado e, ainda, de proteger outras pessoas”, declara o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

A principal causa da diminuição é a incorporação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao conjunto das estratégias de prevenção combinada, a partir de 2018, associada ao aumento do acesso ao teste para o HIV e ao tratamento oportuno.

O acesso a PrEP porém, assim como ao tratamento para o HIV/Aids, é maior entre os HSH brancos em comparação aos negros, reproduzindo as desigualdades associadas a questão racial que afeta diversas políticas públicas no Brasil.

“Para diminuir ainda mais as novas infecções, para além da resolução das desigualdades associadas à questão do racismo estrutural brasileiro, precisamos criar estratégias para aumentar o acesso da população negra e da população mais jovem aos serviços de saúde e aos insumos de prevenção”, afirma a coordenadora-adjunta do Programa Estadual de IST/Aids, Maria Clara Gianna.

“É importante ressaltar que estar infectado pelo HIV é diferente de ter Aids. Hoje em dia, uma pessoa com HIV, que tem acesso ao teste e ao tratamento em tempo oportuno, pode ficar com a carga viral indetectável; assim, não evolui para Aids, nem transmite o vírus. Isso é o tratamento como prevenção”, declara o coordenador do Programa Estadual IST/Aids-SP, Alexandre Gonçalves.

Sobre a PrEP

A Profilaxia Pré-Exposição consiste no uso de medicamento anti-HIV de forma programada para evitar uma infecção pelo vírus, com uso diário e contínuo do remédio. Caso haja uma exposição (situação de risco), o medicamento não permite que o HIV se instale no organismo.

Atualmente, só há um produto aprovado para PrEP, que é um medicamento 2 em 1 (tenofovir e entricitabina), que atua bloqueando alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar o corpo humano.

Trata-se do método mais recente de prevenção, entre os diversos disponíveis no Sistema Único de Saúde, que a passou a fornecê-lo no final de 2017, de forma gradual. Em SP, está disponível em 48 cidades e o tratamento já foi ofertado para 9 mil pessoas.

Conforme o protocolo nacional, a PrEP pode ser fornecida para pessoas HIV-negativas dos seguintes grupos: homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens; pessoas trans; profissionais do sexo; pessoas que estejam se relacionando com uma pessoa vivendo com HIV (casais sorodiferentes).

A PrEP não protege contra outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) e gravidez. Por isso, é importante que o paciente conheça e utilize outros métodos preventivos, como preservativos, também disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde.

Fonte: Agência de Notícias da AIDS

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