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Discriminação afeta saúde e acesso de pessoas LGBTQI+ ao mercado de trabalho


O estigma social e o preconceito vivenciado por pessoas LGBTQI+ ao longo da vida as colocam em situações de vulnerabilidade que afetam desde sua saúde até a entrada e manutenção no mercado de trabalho.

Na semana passada (15), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em parceria com a Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP), realizou a 12ª edição da série de webinários “População e Desenvolvimento em Debate”. Especialistas debateram sobre as “Pessoas LGBTQI+ no Brasil, vulnerabilidade e impactos da COVID-19”.

Samuel Araújo, doutorando da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), compartilhou resultados do estudo realizado pelo coletivo #VoteLGBT em parceria com Pesquisa Manas.

De acordo com ele, cerca de 43% da população LGBTQI+ disse ter tido a saúde mental afetada na pandemia. “Sabemos que a saúde mental da população LGBTQI+ no Brasil é mais fragilizada, e estamos vendo como isto está se aprofundando na pandemia”, disse. O afastamento da rede de apoio e a falta da fonte de renda são, respectivamente, os impactos mais presentes na população.

Dentro desta mesma pesquisa, foi criado um índice de vulnerabilidade ao novo coronavírus entre a população LGBTQI+. “Quando comparam pessoas cis e pessoas trans, as trans estão na faixa grave de vulnerabilidade, o mesmo acontece quando pessoas pretas, pardas e indígenas são comparadas com pessoas brancas e amarelas. Em relação à orientação, gays são menos vulneráveis, depois lésbicas e depois bissexuais”, explicou.

A presidenTRA da Associação Brasileira de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e intersexos (ABGLT), Symmy Larrat, disse compartilhar preocupações sobre os impactos que a pandemia do novo coronavírus tem sobre a população LGBTQI+.

Larrat citou alguns dos efeitos que vem monitorando, com foco em travestis e transexuais, entre eles, dificuldade com documentação para receberem auxílios do governo; dificuldade em aderir ao o isolamento social e o aumento da violência nas ruas e dentro de casa.

Andrey Lemos, presidente da União Nacional LGBT, fez uma breve análise da história da homossexualidade no Brasil e sobre como 300 anos de criminalização das pessoas LGBTQI+ resultou na realidade atual.

“Se nós temos um histórico de construção de desigualdade e de violência contra essa população LGBT no Brasil, consequentemente temos violações de direitos. Em um momento em que vivemos uma pandemia sanitária junto com uma crise mundial econômica, todos os setores da sociedade serão impactados diretamente, mas de forma muito mais perversa”, disse.

A mediação do webinário foi feita por Maira Covre Sussai, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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