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Conheça a primeira carteira de investimentos voltada para o público feminino e LGBTQ+


Os números não mentem: de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho deve superar a masculina. Na última edição do Censo da Educação Superior, em 2016, quase 60% dos matriculados em cursos de graduação eram mulheres. “Se somos um enorme capital intelectual em formação, por que o dinheiro continua sendo um assunto majoritariamente masculino? Está na hora de mudar isso”, decreta a assessora financeira Rebeca Novaes.

A revolução já começou. Em junho deste ano, Rebeca fez uma proposta para a XP Investimentos. A ideia era clara: oferecer assessoria financeira de forma simples e acessível para mulheres e para a comunidade LGBTQ+ – esta última ainda em fase embrionária. “Queremos impactar positivamente a vida das pessoas, principalmente daquelas que sempre tiveram relação e acesso complicados ao mercado financeiro”, explica Carolina Sandler. Junto de Rebeca, Carolina Barros, Carolina Rosa e Erica Santos, que também fizeram carreira em bancos, corretoras ou assessorias de investimentos, elas acabam de fundar o Ella’s Investimentos.

“Quando falamos de dinheiro, não é apenas sobre enriquecimento, é também sobre liberdade, autonomia e possibilidade de realizar sonhos de vida”, continua Sandler. “Durante meus dez anos de carreira no mercado financeiro, senti na pele a dificuldade de ser ouvida. Não só como profissional, mas como investidora, ainda é uma área muito masculina”, diz Erica.

De fato, é uma desconstrução de anos de domínio patriarcal branco. Não surpreende que, segundo dados da americana The Allstate Foundation, o abuso financeiro esteja presente em 98%dos casos de violência doméstica nos Estados Unidos. “Muita gente ainda acredita no papel do homem provedor, mas isso não existe mais. A renda de um só não banca mais as despesas de toda a família”, explica Sandler.

Em fase embrionária, o atendimento e foco ao público LGBTQ+ é outra forte bandeira. “Como somos cinco mulheres, é natural a ótica feminina”, explica Novaes. “Mas queremos ser uma empresa verdadeiramente diversa e representativa. Estamos trabalhando e contratando para isso”, completa Barros.

Igualdade de gênero, diversidade, representatividade e empoderamento feminino são temas urgentes que, finalmente, entraram para o mindset de qualquer negócio que se preze. A pauta é uma tendência global. Com os indicadores positivos de crescimento das mulheres no mercado de trabalho, espera-seque elas controlem cerca de US$ 72 trilhões, ou 32% da riqueza global. É natural, então, a atração por produtos e  serviços do mercado financeiro focado nesse público.

Para o Ella’s não existe falar sobre feminismo sem independência financeira. “Dizem que a mulher tem perfil mais conservador nos investimentos. Eu não concordo. O que acontece é que ela tem apenas questões e prioridades diferentes do investidor padrão [homem e branco]”, opina Rosa. Uma das funções do Ella’s é dar exemplos e oportunidades de organização e estruturação financeira independente da renda da pessoa.

Para a maioria, investir não é só sobre dinheiro. É sobre prosperar e compartilhar. “Nós vemos isso no mercado de trabalho em geral. Quando a mulher conquista algo, ela leva isso adiante, influenciando toda sua comunidade e rede ao seu redor”, diz Sandler. Vem um pouco dessa premissa o braço social do Ella’s. “Nos comprometeremos a destinar um percentual, sempre que atingirmos nossas metas, ao Free Free, instituto idealizado pela empreendedora social Yasmine Sterea, com a missão de usar a moda para levar independência financeira para mulheres em situações de vulnerabilidade”, conta Rebeca. “A mulher, ao investir, precisa sentir que está multiplicando, fazendo algo com propósito. Isso, para nós, é essencial e será muito transparente”, finaliza.

Fonte: Vogue Brasil

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