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Amiga lança biografia sobre a travesti Dandara dos Santos: “O Casulo Dandara”


“O Casulo Dandara”, a biografia que conta a história de Dandara dos Santos, travesti que foi brutalmente assassinada em 2017 aos 42 anos, foi lançada nessa quarta-feira (21) na XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará, em Fortaleza. Houve uma tarde de autógrafos e a roda de conversa: Combate à violência contra LGBTs”.

O livro foi escrito por Vitória Holanda, inspetora da Polícia Civil e uma das melhores amigas de Dandara. A intenção da autora, que conhecia a vítima desde a infância e acompanhou diversos passos de sua trajetória, é revelar a história da amiga e mostrar o lado humano de uma travesti no Brasil.

Vitória afirma que, ao jornal local Tribuna do Ceará, que a intenção de escrever o livro surgiu assim que soube do assassinado de Dandara, vítima de homicídio triplamente qualificado por seis homens em plena luz do dia. Ainda que não tenha experiência com a escrita literária, ela construiu o texto em folhas de caderno e contou com a ajuda do sobrinho para digitar o material. Todo o processo durou de outubro a dezembro de 2018.

“Para escrever, escutava Legião Urbana, que era o que eu e ela mais ouvíamos na nossa adolescência. Fui lembrando de tudo, da infância, do contexto social. Fui tomando gosto e não parei mais de escrever”, conta ela, que afirma que sempre soube que o livro repercutiria positivamente. “Estou falando da vida de um ser humano que estudava, brincava, tinha amigos, projetos, sonhos. Era uma pessoa, tinha vida, merecia dignidade”, diz.

Na descrição, a autora diz: “Escrever sobre Dandara e sua vida talvez não convença algumas pessoas as quais acham que ser travesti é uma doença, que é falta de vergonha ou simplesmente pelo fato de acreditaram que ‘meninos vestem azul e meninas vestem rosa’. Entretanto, é uma forma de mostrar que ser travesti na vida dela não foi uma escolha de criança influenciada pela escola ou na mídia. Ela nasceu Dandara”.

Ao divulgar as fotos do lançamento do livro, a autora comemorou o fato de conseguir levar o nome de Dandara e a repercussão do caso para mais pessoas. Escreveu: “Dandara Vive”.

O CASO

Dandara foi vítima de transfobia (preconceito contra pessoas trans e travestis) e assassinada em plena luz do dia, no bairro Bom Jardim, no dia 15 de fevereiro de 2017. Um grupo de oito homens e quatro adolescentes a agrediram com socos, chutes e pedaços de madeira. Depois, levaram ela em uma carriola e deram tiros. O crime ganhou repercussão mundial após um vídeo da agressão cair na internet.

Fonte: Nlucon

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