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Aluno de 15 anos faz estudo sobre gênero e sexualidade em MS: ‘É enorme o preconceito na comunidade escolar’


Estudante do 1° ano do ensino médio, Fabrício Pupo Antunes tem 15 anos e é aluno especial na disciplina de Antropologia no mestrado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ele começou a perceber que entre os colegas havia dificuldade de identificar gêneros e discutir sexualidade, então, resolveu desenvolver um estudo com base no livro “A Garota Dinamarquesa” de David Ebershoff.

“Começou por conta de experiências no âmbito escolar, e depois de ver o preconceito com que a questão de gênero é tratada nas escolas”, conta. Fabrício explica que o objetivo do projeto é dissociar sexo e orientação. Para ter embasamento, ele estudou o livro que deu origem ao projeto, além de documentários, filmes e outras obras.

“Pesquisei mais sobre isso e encontrei 2 dados alarmantes: o primeiro é que a cada 28 horas uma pessoa da comunidade LGBT é morta no Brasil, o que coloca o país como número 1 no ranking de mortes de pessoas trans. O segundo é que segundo a Unesco, o índice de homofobia na comunidade escolar, entre alunos, professores e pais, é de 37%” explica.

Foi participando de uma feira científica em Campo Grande que o jovem foi convidado para apresentar o projeto na 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada no fim de julho, na Universidade Federal de Alagoas, em Maceió (AL).

Na ocasião, ele apresentou o estudo para o Ministério da Saúde e ganhou menção honrosa. Agora, a ideia é que o trabalho chegue até as escolas por meio da literatura:

“O objetivo do trabalho é estudar e diferenciar. Com a conclusão do projeto, entendi que o livro ‘A Garota Dinamarquesa’ pode ser usado para estudo de gênero e orientação. A dificuldade existe, os dados mostram isso, é difícil entender que existem essas diferenças de gênero. É enorme o preconceito na comunidade escolar, mas os alunos são muito abertos a essa discussão”, explica.

Conversa com o autor David Ebershoff

Para Fabrício, uma das experiências mais importante com o projeto foi a conversa com o autor do livro, David Ebershoff:

“Enviei um e-mail falando do projeto, mas não esperava resposta. Ele respondeu e começamos a conversar, ficamos amigos. Nós o convidamos para vir para o Brasil na próxima Reunião Anual SBPC que acontece em 2019 em Campo Grande, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Será emocionante se ele vier mesmo!”, finaliza.

Fonte: G1

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