Segundo relatório da Unaids, (programa das Nações Unidas) revelam que não atingiremos a meta de acabar com a epidemia de AIDS até 2030. No Brasil, estudos apontam índices muito altos de AIDS em homossexuais (18%), travestis e mulheres trans (32%) e profissionais do sexo (5%).
Com o intuito de entender melhor os progressos e retrocessos em relação a doença, o programa Diálogos na USP conversou com o médico infectologista Ricardo Vasconcelos e com o pesquisador científico e professor Alexandre Grangeiro, ambos da Faculdade de Medicina da USP.
Dos últimos 35 anos para cá, podem ser observadas muitas mudanças em relação ao combate à Aids. Para Vasconcelos, “O que mudou bastante foi o que a gente tem disponível no nosso arsenal médico e terapêutico para conseguir fazer com que uma pessoa que vive com o HIV não desenvolva a doença, não morra, não transmita sua doença para outra pessoa. Tratar uma pessoa que vive com HIV é algo que a gente já sabe fazer.”
A importância da prevenção contra a Aids é enorme. No entanto, caso uma tentativa de prevenção fracasse, ainda há boas formas de proteção contra a doença. “Aquele que escolheu o uso do preservativo, mas falhou em algum momento, pode utilizar os remédios retrovirais por um mês para evitar a infecção”, disse o professor Grangeiro.
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Fonte: Jornal da USP