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ABIA lança boletim que alerta sobre os desafios de implementação e adesão da PrEP no país.


Foi realizado na noite da última segunda-feira (29/10), na sede da ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS), no Rio de Janeiro, o lançamento do Boletim ABIA nº 63, que tenta buscar os contextos que envolvem a PrEP(Profilaxia pré-exposição). A ação foi organizada em conjunto com o debate “Desafios e possibilidades: a prevenção na era da PrEP”, que contou com a presença de Richard Parker e Veriano Terto Jr., respectivamente diretor-presidente e vice-presidente da ABIA, Nilo Martinez Fernandez, da Fiocruz, Juan Carlos Raxach, assessor de projetos e Felipe Carvalho, coordenador do Grupo de Propriedade Intelectual (GTPI).

Abrindo a conversa, Richard Parker alertou sobre a importância do tema voltar as pautas dos movimentos sociais nesse período pós-eleições presidenciais. Parker também falou sobre esse ser o primeiro boletim da associação a disponibilizar a versão completa apenas online. “ Nós fizemos uma versão mais curta impressa, uma espécie de convite para que os interessados possam baixar gratuitamente o conteúdo completo em nosso site. ”

O bate-papo abordou a dificuldade de implementação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) como política pública no Sistema Único de Saúde (SUS), devido à falta de uma política eficaz e universal de prevenção à AIDS no Brasil. Além disso, para Juan Carlos Raxach, “o olhar da PrEP está muito baseado na moral, especialmente pelo uso se dar por homossexuais, em sua maioria. E se com governos anteriores foi minimamente possível, ainda que com dificuldades, não sabemos como será ano que vem com esse novo governo baseado na moral e na família. Não só no Brasil, mas na América Latina”, chamou atenção.

Na mesma linha de pensamento, só que contextualizando pelo lado mais histórico da questão, Terto Jr afirmou que sempre houveram resistências históricas quanto ao uso de novas tecnologias de prevenção, desde o aparecimento da camisinha. “A PrEP é um sinônimo de putaria e libertinagem, mostrando que o preconceito e estigma sobre certas populações seguem um seletivismo e que a Direita coloca muito bem isso ao dizer que Direitos Humanos são para pessoas de bem, rompendo com o conceito de equidade e universalidade. E temos que tocar cuidado com esse conceito de ‘necropolítica’ que governos praticam sobre que pessoas devem ou merecem o direito de viver ou morrer”, criticou.

O evento transcorreu das 18h00 às 21h00, com a presença de universitários, pesquisadores, jovens e adultos de movimentos sociais e outras instâncias.

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Texto: Jéssica Marinho e Jean Pierry Oliveira

 

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