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“(A pandemia) afetou muito minha saúde mental. Está sendo a pior fase da minha vida”


Foto: Arquivo pessoal

Juventude é feita de sonhos. E sonhos são criados para serem perseguidos e realizados. Mas existe uma linha tênue entre querer e poder. Desde 2020 essa linha atende pelo nome de pandemia e é ela que ceifa possibilidades – econômicas, sociais, políticas, sanitárias, culturais e financeiras de milhares ao redor do mundo.

Quem sente na pele os efeitos no auge da vida é Eliabe Flores. Morador da Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, o estudante de 25 anos sente-se desmotivado em meio às incertezas. “Falta de dinheiro, desemprego, fome. Tudo está atrelado e relacionado a nossa mente. Está sendo a pior fase da minha vida”.

Apesar dos pesares, o carioca se apega à família e à esperança para manter acesa a espera por dias melhores. Ainda no bate papo Eliabe compartilhou suas opiniões sobre sexo e sexualidade, HIV/AIDS e prevenção.

O jovem, que atuou no último mês em parceria com a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), via Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens, deu entrevista via WhatsApp e você pode conferir a leitura na íntegra abaixo:

 

Apresentação/ Sobre Sua Vida

1- Nome completo e Idade 

R: Eliabe Flores Francisco, 25 anos. 

2 – Você reside na zona norte do Rio, na Ilha do Governador. Quais os desafios de ser um jovem dessa área?

R: A falta de oportunidade, empregos, cursos, projetos, violência, desigualdade. 

3 – Como é a relação com sua família? 

R: Boa, sempre que possível. Sou filho de mãe branca e pai negro.

4 – Sobre a pandemia, de que forma o isolamento social causado pelo coronavírus afeta ou já afetou sua saúde mental? E o que tem feito para distrair a mente e evitar os gatilhos psicológicos?

R: Afetou muito minha saúde mental. Falta de dinheiro, desemprego, fome. Tudo está atrelado e relacionado a nossa mente, a rotina de ir ver os amigos e parentes, a perda de familiares para a doença do COVID. Está sendo a pior fase da minha vida. 

5 – Como você avalia a vacinação, no RJ e no Brasil como um todo? 

R: Péssima 

Relacionamento e Prevenção 

6 – Sobre a questão da prevenção, você tinha abertura para conversar isso dentro de casa? Ou o assunto era tabu? Quando tinha dúvidas ou dilemas nesse sentido, como buscava resolvê-los?

R: Sim muito, muito pequeno ainda já recebia orientações sexuais dos meus pais. Tenho uma tia com HIV, os assuntos sempre estiveram presentes no meu dia a dia; 

7 – Jovens de 15 a 29 anos são grupos populacionais, atualmente, que lideram os índices de infecção por HIV/AIDS no Brasil. Ao mesmo tempo, nunca se teve tanto acesso às informações e outras tecnologias. Em sua opinião , o que faz com que a juventude se infecte tanto pelo HIV?

R: Bebidas, drogas, noitadas, a falta do uso do preservativo, a falta de interesse de procurar entender mais sobre o assunto . O preconceito em falar do assunto, os jovens correm desse assunto . A falta também da conversam nas escolas e dos pais 

8 – A Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) trabalha, bem como o Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens, envolvida em questões do HIV/AIDS, prevenção, direitos humanos e justiça social para com populações vulneráveis (soropositivos, LGBTs, comunidades, jovens, negros, mulheres etc). Você considera que esses tipos de ações são importantes? Por quê?

R: Sim, muitas pessoas ainda no Brasil e no mundo não tem acessos a esses tipos de conteúdos . A importância desse material é enorme, a saúde deve ser sempre a nossa prioridade, esse material indica o bem estar, indica os cuidados que devem ser tomados .

A vida sexual é de fato muito importante. 

Futuro

9 – O que pretende fazer assim que for vacinado e que agora não pode?

R: Continuar seguindo os protocolos de saúde e me prevenir ao máximo .

10 – Qual a sua perspectiva para o futuro?

R: Ter uma vida com qualidade e dignidade com igualdade. Estudar,crescer,vencer !

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