Aproximadamente 98% das empresas já estabeleceram um programa de diversidade. Entretanto, apenas 25% dos funcionários de grupos diversos dizem se beneficiar pessoalmente disso. No recorte Brasil, o número é ainda menor: somente 17% do público-alvo sente-se favorecido. Essa é uma das principais conclusões do novo estudo do Boston Consulting Group (BCG), Maiorias X Minorias
Um impedimento para o progresso é que as lideranças das empresas são compostas predominantemente por membros da maioria. Estes tendem a subestimar os obstáculos no recrutamento e no avanço, segundo colaboradores de minorias raciais e étnicas ou LGBTQ. Em termos de gênero, essa disparidade é relativamente pequena. Os homens são mais propensos a ver os obstáculos para reter as mulheres no trabalho. No Brasil, 37% do público masculino e 34% do feminino concordam que mulheres enfrentam dificuldades no universo corporativo. No entanto, a diferença na percepção da maioria em comparação com a de colaboradores negros e funcionários LGBTQ permanece significativa. Somente 27% veem obstáculos ao avanço de empregados racial no Brasil, em comparação com 37% dos funcionários desse grupo. Quando mudamos o olhar para orientação sexual, o gap também é considerável: 29% do grupo majoritário e 37% do minoritário. Ainda no estudo, aqueles que fazem parte da maioria são mais propensos a dizer que as decisões tomadas nas companhias são livres de preconceitos. Já estes metade dos grupos minoritários vê o preconceito como parte do ambiente profissional. Metade também não concorda com os mecanismos certos para garantir que as principais decisões não sejam preconceituosas. A partir da avaliação de efetividade das iniciativas promovidas, o BCG identificou três categorias de medidas que podem fazer a diferença na promoção da diversidade e da inclusão dentro das organizações: “As empresas precisam identificar quais são as iniciativas que de fato estão fazendo a diferença para elas, medindo e divulgando os resultados. Esse é o ‘X da questão’ para tornar os programas de diversidade e inclusão bem-sucedidos. É necessário olhar para essas medidas como qualquer outra iniciativa estratégica de negócio, o que envolve avaliar seu impacto regularmente”, destaca Juliana Abreu. Fonte: Observatório GBCG recomenda medidas