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20 ANOS DE CABARET PREVENÇÃO – Exibição na UFPB em JOÃO PESSOA – (2015)


O Documentário Cabaret Prevenção foi exibido e debatido no Seminário “DESAFIO PARA PREVENÇÃO DO HIV no SÉCUL.O XXI: sexo, pílulas, camisinhas e prazer – o que isto tem a ver com a prevenção da AIDS?” no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes CCHLA, UFPB.
Um dos momentos de destaque foi a exibição comemorativa do documentário Cabaret Prevenção, dirigido por Vagner de Almeida, que está completando 20 anos em 2015. O filme, que aborda sobre o amor e o tesão como temas centrais para os homens que fazem sexo com homens (HSH), continua atual na reflexão sobre o impacto da epidemia. “O documentário faz um desafio ao modelo de prevenção que está sendo apresentado hoje. Se não é mais só a camisinha, como as outras tecnologias, como PrEp e PEP, vão dialogar com esses temas: amor e tesão?”, questionou Felipe Rios (UFPE). Almeida também convidou a plateia a refletir: “Fica a pergunta sobre qual filme eu faria hoje diante deste cenário da epidemia?”, afirmou.
Trinta anos depois do primeiro registro de Aids na Paraíba, os números batem recorde no estado. São 672 casos em 2015. Epidemia no mundo inteiro e alvo de campanhas que alertam para os riscos, a doença parece não assustar mais. Há pesquisas sobre novas formas de prevenção, mas, até agora, a camisinha continua sendo o meio mais eficaz e mais acessível para evitar a doença.

Ontem, o assunto foi tema do seminário ‘Sexo, pílulas, camisinha e prazer: o que isso tem a ver com a prevenção da Aids?’, realizado pela UFPB e Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA). “Desde o século passado, a prevenção é feita com camisinha, mas temos que trazer isso para o século XXI. Está em fase de teste, no Brasil, a profilaxia pré-exposição (Prep) para evitar que a transmissão aconteça se houver uma relação desprotegida. A camisinha, porém, ainda é a forma mais barata e eficaz”, ressaltou o americano radicado no Brasil, Richard Parker, diretor-presidente da ABIA e autor do livro “Pedagogia da Prevenção: Reinventando a prevenção do HIV no século XXI”, lançado durante o evento. No País, a medicação pós-exposição (Pep) é disponibilizada pelo SUS.
s respostas biomédicas podem, de fato, substituir a resposta social? Como enfrentar o estigma, o preconceito e a discriminação ao HIV e à AIDS no século XXI? Estamos realmente próximos ao fim da AIDS? Para que serve a testagem no Brasil? Como garantir o acesso universal aos medicamentos?

Estas e outras perguntas fizeram parte do Seminário Desafios para a Prevenção no Séc. XXI: Sexo, pílulas, camisinha e prazer o que tudo isso tem a ver com a prevenção da AIDS?, organizado pela ABIA e pelo Grupo de Pesquisa em Saúde, Sociedade e Cultura (GRUPESSC\UFPB), que aconteceu em João Pessoa (PB). O evento teve transmissão online pela TV CCHLA\UFPB.

Realizado um dia antes da abertura do 10º Congresso de HIV e AIDS, no Centro de Convenções em João Pessoa, o encontro teve como objetivo fazer uma análise crítica sobre o cenário da AIDS hoje no país e no mundo e provocar uma reflexão sobre o enfrentamento aos fatores estruturais que impedem o avanço da resposta à epidemia.

O seminário começou com a palestra “Antirretrovirais: início de tratamento para benefício clínico e de prevenção” de Jorge Beloqui (GIV\ABIA\RNP+\IME\USP). Em seguida, Marcela Vieira e Felipe Carvalho, coordenadores do GTPI\ABIA, trataram sobre “Medicamentos, Patentes e Prevenção”. A principal preocupação do GTPI/ABIA e que deve orientar as ações da sociedade civil, de acordo com Vieira, é garantir o compromisso de que ninguém será deixado para trás no acesso a medicamentos. “Queremos nada menos do que o acesso universal. Estamos em luta contra as estratégias que estão sendo criadas pelas grandes empresas para pedidos de patentes”, afirmou.

À tarde, convidados e público debateram sobre os “Caminhos e Descaminhos para a Prevenção da AIDS no Brasil”. Especialistas como Dulce Ferra (FIOCRUZ\NEPAIDS\USP), Guilherme do Vale (UFRN), Luziana Silva (GRUPESSC\UFPB) e Veriano Terto Jr (ABIA) refletiram sobre temas desafiantes, tais como: de que maneira se discute direitos sexuais? Como o jovem pode assumir esse protagonismo? E de que maneira a sociedade pode agir diferente? A moderação da mesa foi feita pelo diretor presidente da ABIA, Richard Parker. Luziana Silva (UFPB), por exemplo, tomando como ponto de reflexão a sua tese de doutorado, destacou que “embora a espontaneidade do desejo apareça nas narrativas de prevenção como um aspecto cognitivo a ser racionalizado em práticas protetoras, verificou-se em alguns relatos um descompasso entre as tentativas de normatização da vida sexual e as práticas.”

Entre as conclusões dos participantes, está o reconhecimento de que faltam espaços de reflexão onde pessoas possam expressar suas histórias e de que são essas experiências que precisam voltar ao centro da epidemia. Para Parker, a qualidade do debate demonstrou que outro caminho é possível. “Queríamos trazer outra visão ao debate sobre a epidemia do HIV, pois nos pareceu que as perspectivas que foram discutidas no nosso seminário não estarão contempladas no Congresso do Ministério da Saúde”, sintetizou Parker.
Evento organizado pela Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS e UFPB.
Fotos: Vagner de Almeida e Richard Parker.

 

 

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