Os foliões que pulam o Carnaval deste ano ainda podem ir até a unidade de saúde mais próxima de casa para buscar, gratuitamente, camisinhas masculinas e femininas. Segundo o Ministério da Saúde, foram distribuídas 128,6 milhões de preservativos para garantir a proteção de quem participa da festa. Foram 125,1 milhões de camisinhas masculinas e 3,4 milhões femininas, além de 8,9 milhões de unidades de gel lubrificante.
“Precisamos cada vez mais estimular o uso do preservativo durante o Carnaval para prevenir a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do HIV, uma vez que muitas dessas infecções possuem fase assintomática e a pessoa nem sabe que tem e, quando apresenta sintomas, como lesões na região genital, elas podem facilitar a infecção pelo HIV”, aponta o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Gerson Pereira.
Durante o ano de 2020, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de preservativos para todo o país. Segundo a pasta, a quantidade representa um aumento de 12% em relação ao número de camisinhas distribuídas no passado, quando foram enviadas 509,9 milhões de preservativos aos estados.
As infecções transmitidas por relação sexual são causadas por mais de 30 vírus e bactérias através do contato, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. Desta forma, abrir mão do uso do preservativo nas relações expõe a pessoa e os parceiros com as quais ela se relaciona.
No entanto, caso a pessoa tenha relações desprotegidas de risco, a Dra.Zarifa Coury, médica infectologista do Instituto Infectologia Emilio Ribas, do Hospital Albert Einstein e do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo, explica que “a Profilaxia Pós Exposição (PEP) se mostra como a melhor forma de prevenção. Quanto mais cedo for iniciada será mais eficaz. Pode ser introduzida até 72 horas depois da situação de risco porém o ideal seria a sua introdução nas primeiras 2 horas, já que ela impede que o vírus se torne parte integrante do nosso organismo.”
No Brasil, a PEP é oferecida gratuitamente através do SUS para qualquer pessoa que tenha sofrido uma possível exposição ao vírus. Clique aqui para conferir todos os locais onde é possível acessar a PEP no Brasil.
Fonte: Redação da Agência de Notícias da Aids
