Chupando bala com papel…!? Sexo Seguro com Camisinha
Sábado à noite todo gato é pardo. E como todo gato, eu fazia parte dessa família de felinos à procura de presas disponíveis para saciar meus desejos do corpo.
Era uma festa paga , com bebida livre e o sexo liberado pelos excessos do álcool e das drogas. Estava pronto para beber todas e fazer tudo que estivesse à minha “frente e mão”.
De repente, não havia nem terminado meu segundo drink e ele passou ali na minha frente e logo despertou meu desejo, um desejo sexual, forte e consciente. Ufa que cara lindo! Negro de dreadlock, corpulento, boca levemente grossa do jeito para saciar meus desejos sórdidos, olhos amendoados e brilhosos. Aparentemente já estava acompanhado. Eu não sabia se era um encontro casual ou fixo, ou daqueles encontros da noite, que ali se pega e ali mesmo se deixa.
Pela insistência do meu olhar insaciável, bem dando pinta escancarada, o cara que estava com ele, possivelmente um amigo, parou na minha frente, olhou na minha cara e me perguntou se eu estava a fim dele! Ufa que susto! Logo pensei que a minha linda face ia ser marcada com um tapão, mas não! Só foi mesmo uma pergunta bem objetiva. Lógico que minha reação foi de negação, com um sorriso mais do que amarelo e nada convincente. Para a minha surpresa, aquele Deus em forma de homem, o amigo dele, veio em minha direção para saber se poderia falar comigo e me oferecer um outro drink. Confesso que gaguejei, a boca secou, o estomago deu um nó e eu não sabia o que dizer. Claro que disse um sim, sem som, mas obviamente, ele entendeu.
O homem negro, chamado Paulo, se aproximou, cruzou o braço, enrijeceu os músculos do peito e sorriu. Não disse nada e aproximou-se mais de mim e sem me pedir permissão, meteu aquela língua com gosto de menta na minha boca. Confesso que as pernas tremeram, o coração disparou, os olhos fecharam e entrelacei a minha língua na dele. Quanto tempo durou? Não sei! Foi intenso demais e não queria interromper aquele beijo, raro de receber na vida. Que língua carnuda e saborosa! Que beijo! Foram músicas e músicas tocando, um sufocamento, um calor, um tesão… O mundo poderia parar ali, mas sabia que continuava a girar. Foi coisa de louco, eu necessitava daquilo para viver. Meu corpo parece que ficou dependente, dopado, enfeitiçado. É óbvio que não podia parar por aí.
Ele me levou para um canto próximo ao bar e ali com aquele corpo forte e sedutor me prensou na parede e logo senti seu pau duro encostar no meu. Desci a minha mão e segurei firme naquele pedaço de carne grossa, vibrante que pulsava sexo dentro do seu jeans. Cada vez mais que o acariciava, mas duro e enrijecido ficava o seu corpo no meu. A língua crescia dentro da minha boca. Eu tinha múltiplos orgasmos pelo corpo todo. Ele tirou o pau dele de dentro da calça de uma maneira que ninguém a nossa volta percebesse e o esfregou sobre a minha barriga. Sentia aquele membro grosso subindo e descendo e a minha pele ficando úmida com a pré-ejaculação que saía daquele pau gostoso. Ali mesmo foi a nossa primeira gozada da noite, nos esfregando, com as bocas nos pescoços, nos peitos, mão no pau, pau com pau. Sexo sem receio, semipúblico, penumbra… Dois corpos que deixaram outros corpos ao redor excitados, rogando por sexo também. Pessoas olhavam, falavam palavras que nos estimulavam mais. Recompomo-nos, guardando nossos paus esporrados na calça e combinamos sair dali para terminarmos a noite em um outro local mais calmo, menos barulhento e sem a invasão de olhares de desejos e invejas. Ele tinha um sorriso lindo e sacana. Tudo era uma aventura para mim. Eu me sentia como se estivesse nas mãos do meu primeiro homem que me tocou e que transei aos 14 anos de idade.
Fomos para o apartamento dele e ali me saciei, nos saciamos. Música baixa no ar, umas cervejas estupidamente geladas, um longo banho juntos onde seu dedo achou o meu cu e, com jeito, foi me penetrando de maneira hipergostosa, me dilacerando, me desvendando por dentro, me deixando relaxado. De repente, senti que haviam dois dedos dentro de mim abrindo espaço para receber aquela pica grossa e longa. Minha permissão era clara: estava me dando, sendo fácil e ele sabia que iria me comer. Sua língua devorava a minha boca, enquanto a água caia sobre nossos corpos.
Saímos do banheiro e fomos para seu quarto onde a meia luz envolvia o ambiente. Tudo para a minha realidade era perfeito.
Em uma caixa artesanal, pintada a mão. Ali estavam os géis, camisinhas e uns brinquedos sexuais de borrachas que eu ainda não conseguia distinguir o que eram. Mas logo percebi que eram paus de silicones negros, roxos, brancos, ainda maiores do que o dele. Rimos um pouco, ele pegou o pau roxo e meteu na boca, passou pela minha barriga, chegou próximo à cabeça do meu pau e, com a língua, deslizava entre o meu umbigo e os meus cabelos. Eu pulsava de prazer com aquela língua e aquele pau me tocando. Ele perguntou se eu queria ser chupado ou chupar. Eu respondi que queria tudo – e queria mesmo, não tinha limites para nada.
Ele me chupou metendo toda a minha rola em sua boca até a garganta, passou aquele pau de silicone roxo próximo ao meu cu, colocou uma camisinha no pau dele e outra no brinquedo e começaram a viagem no meu cu. Dois paus em uma noite. Primeiro, ele meteu o brinquedo lentamente no meu cu e olhava para mim e escorregava aquele corpo musculoso sobre o meu, me beijava e me fodia com a outra mão. Desceu a língua pelo meu corpo, passou pelo meu pau e delicadamente me virou de bruços. E me dominando por completo, tirou o pau de borracha do meu cu, colocou uma camisinha no seu pau, passou mais gel no meu cu e na camisinha e meteu aos poucos aquela vara em mim que me rasgava de prazer. Literalmente, ele me rascou com aquela imensa tora entre as pernas. Eu, sufocado entre o travesseiro e o prazer, deixei ele consumir o último espaço dentro do meu cu. Até então nunca havia dado para dois paus longos, grossos e duros. Foi uma maratona a noite inteira entre aquela tora e a rola de brinquedo. Algumas vezes, as duas estavam dentro de mim e eu gemia de tesão mesmo com dores quando era dilacerado. Não sei onde conseguimos encontrar energias para gozarmos três vezes na noite.
Foi muito bom no dia seguinte: uma conversa cordial, um café forte e um beijo de despedida com trocas de telefones. Mas eu sabia que aquela noite tinha sido única e, quem sabe, se repetiria outras vezes, mas sem muitas esperanças.
Foram boas demais as trepadas. Ufa, senti o meu cu reclamar no dia seguinte, mas não me importava com o desconforto.
O taxi chegou. Sentei no banco de trás e notei que o motorista não era de se jogar fora. O cu não aguentaria mais rola naquele dia, mas o chuparia ali mesmo dentro do carro. Ele era tipo hétero machão que trabalhou a noite inteira e seu humor era duvidoso ou estava um pouco cansado mesmo, pois era monocórdio nas respostas às minhas perguntas tolas. Ou percebeu que ia atacá-lo, mas tudo terminou de forma positiva em um domingo de verão.
Missão cumprida e agora recuperar o cu para uma nova investida nos próximos dias.
Sexo ocasional – SORODISCORDANTES
Meio do mês, algumas contas pagas e outras a serem ainda pagas. Trocados contados para tudo, mas sempre há aquelas sobras do salário para uma cerveja com os amigos no final do dia ou final da noite, como depois do meu curso noturno na faculdade dentro daquele ritual de um dia da semana com os amigos. Vamos sempre no mesmo boteco, pois lá o preço é honesto: cerveja gelada, salgadinhos do dia e sorriso dos donos garantidos. Eu sempre achei um dos donos, um homem branco, um pouco delicado, que me deixava confuso e eu não sabia dizer se era gentil ou afeminado, gay, sei lá como descrevê-lo. Ele certamente era muito atraente com aqueles cabelos sempre presos em um rabo de cavalo, barba cerrada e muito bem tratada. Tinha uns olhos apaixonantes como duas jabuticabas negras. Eu o olhava sempre que dava atenção a outras pessoas. Longe de mim dar pinta ali, perto dos meus colegas de trabalho e outros da faculdade. Homens bons, divertidos, mas broncos, mulherengos, e alguns homofóbicos de carteirinha. Às vezes, me sentia um personagem a “bicha camuflada”. Porém, quando estávamos juntos, me sentia sempre seguro e dava boas gargalhadas.
Semana passada fomos ao mesmo boteco, cujo nome é “Boteco do Mané”. Estava lotado e os donos hiperocupados. Nem deu tempo de admirar o bonitão. Após uma rodada de cerveja e outras bebidas, no final de uma semana corrida e cheia de aulas e trabalho, ao lado dos mesmos amigos, peguei o rumo de casa no horário do último ônibus. Encontrei alguns conhecidos e paramos para conversar. Não percebi e perdi o ônibus que me deixaria na porta de casa. Naquele momento era entregar a Deus e esperar outro que me deixaria muito longe, e ainda teria que encarar uma Kombi e andar mais alguns quarteirões até em casa. Vida de pobre é foda! Horas se passaram e nada de um ônibus que me servisse. Passaram dezenas de outros que seguiam para outros locais. E o meu ônibus, nada.
O que parecia ser só mais uma semana igual a tantas outras foi modificada pelo destino com a perda do meu último ônibus. Horas e horas de espera, quando, de repente, alguém de carro para próximo a mim. Fico assustado, pois só eu estava ali no ponto de ônibus à noite e em um local escuro. Baixam o vidro e surge uma voz conhecida, perguntando se tinha me perdido na noite. Reconheci a voz e a pessoa e demos uma gargalhada alta, mas visivelmente cansados. Era o dono do boteco que se chamava Rafael. Fiquei sem jeito e não sabia o que falar. Até que ele conseguiu quebrar o gelo e me perguntou para aonde eu ia naquele horário. Eu respondi que tentava chegar em casa, mas que o ônibus não passava. Ele me perguntou onde eu morava. Respondi que era longe, contei onde morava e ele riu, concluindo que era longe mesmo. Disse também que, se eu não me importasse, poderia dormir na casa dele e pela manhã seguir o meu destino. Não sabia o que responder e quase recusei com medo: medo de deixar meus segredos serem descobertos, medo de não segurar o pau dentro das calças, da boca na rola dele.. Ufa o medo se instalou. Resolvi ousar e a coragem me fez aceitar o convite. Tivemos aquele papo de blá, blá, blá, de não quero incomodar e ele respondeu: “que nada, será um prazer ajudar a um amigo e cliente fiel”. Relaxei um pouco. O carro seguiu para a casa dele.
Parecia um sonho que eu estava no privado com aquele homem dos meus sonhos e desejos. Queria olhar para ele, mas não conseguia. Olhava para as suas pernas cabeludas e brancas expostas por uma bermuda caqui. Queria olhar para o pau e o medo me invadia, mas a ansiedade me consumia. Finalmente chegamos. A porta da garagem abre automaticamente e se fecha às nossas costas. Ele sai do carro. Um cachorro vem ao seu encontro feliz em vê-lo e eu perplexo não sabia o que fazer. Fui convidado a entrar na casa e logo percebo o bom gosto e a harmonia do ambiente. O cachorro, ainda estava em festa. Ele me pergunta se quero beber a última cerveja da noite ou uma outra coisa. Respondo ainda inseguro que qualquer coisa está ótimo. Ele sorri – e fica mais lindo ainda – e me diz que qualquer coisa não tem, mas tem outras coisas… Diz isso de maneira enigmática e sutil. Aceito a cerveja e ele vai até a cozinha pegar a bebida. Já volta sem a camisa e com o corpo exposto, seminu. Fico sem ar e com a certeza que ia me condenar ali mesmo, ao olhar de perto os peitos, os mamilos e os pelos do tórax daquele homem. Peço para ir ao banheiro para lavar o rosto. Ele me indica o caminho. Passo em frente ao quarto e entro no banheiro e não fecho a porta. Estava trémulo. Não sabia nada do Rafael, a não ser da sua vida no Boteco do Mané. Ele aparece nas minhas costas. Vejo-o mais lindo ainda pelo espelho. E com um sorriso lindo, bebendo sua cerveja, me pergunta se quero tomar banho. Não soube responder sim ou não. Queria, mas não tinha coragem para nada. Ele insiste na pergunta e diz que eu posso usar as roupas dele para dormir. Aceito o banho e começo a tirar a minha roupa ali mesmo, ele encostado na porta do banheiro vendo eu me despir.
A vergonha do meu corpo magro, mas bem definido, me invadia ou era invadido pelo olhar daquele cara que sempre desejei. Ele se vira para brincar com o Sultão, seu cão vira lata, lindo como o dono. Eu aproveito a situação, tiro a minha cueca rápida e entro no box, ligo a água e isto me acalma momentaneamente. Não escuto mais barulhos próximos e aproveito para me banhar rápido. De repente, escuto aquela voz sexy do outro lado do box de vidro, dizendo que a toalha e as roupas estavam ali. Que susto! Sentia-me um idiota e ao mesmo tempo um sortudo de estar na casa de alguém que silenciosamente eu o queria, o desejava, esperava ter contato de corpo e alma com ele, mas a coragem nunca me permitiu. Dúvidas… e se o cara for homofóbico, hétero, gentil, afeminado, metroman e mulherengo, cheio de gatas em cima dele? E aí? Se eu desse um chute fora do gol me expondo como um cara que eu queria, desejava, queria dar para ele e chupá-lo ou meter nele sem problema algum? Fiquei mais nervoso ainda. Sem eu esperar, a porta do box deslizou e ele estava ali, nu. Nu, completamente nu… Ele entra no mesmo espaço que eu ainda estava. A água cai sobre seus cabelos soltos e agora posso ver o verdadeiro comprimento . Aqueles olhos de jabuticaba negros e a barba cerrada estavam centímetros da minha boca e face. Gelei. Meu pau não me respeitou e ficou duro e eu tento disfarçar virando para o canto à procura da toalha inutilmente, pois estava longe de mim. Rafael não demonstrava nada de anormal, não ajudava naquela situação. Para ele, era um banho e eu ainda não tinha conseguido olhar o seu pau com medo de me denunciar. Ele banhava-se normalmente, passando shampoo no cabelo e na barba, o sabonete no corpo… Com suavidade ia contorcendo suas partes ao banhar-se e sem perceber ou intencionalmente esbarrava em mim e eu acuado no canto do box, sem fôlego, e sedento de sexo, prazer, tesão e medo por aquele cara e daquela situação. Que situação surreal e tinha que acontecer comigo, um cara sem graça e com uma vida normativa demais! Minha autoestima desabou. Casa, trabalho, faculdade, casa, trabalho e uma parada no Boteco do Mané quando a situação permitia.
Rafael pede para eu lavar as costas dele com uma esponja felpuda e sabonete líquido. Com a mão trêmula, passo delicadamente a esponja por seu corpo. Que sonho, que delicia, que delírio. Ele me pergunta se eu já havia acabado e eu disse que sim. Foi quando desliga o chuveiro, pega a toalha e começa a me secar olhando nos olhos. Como uma serpente com sua presa e com um jeito simples e rápido, me dá um beijo nos lábios sem entrar com a língua na minha boca. Fecho os olhos, agarro seus cabelos entre meus dedos e entro em seu corpo como uma fera faminta. Ele me segura pelo braço, interrompendo a minha ansiedade, sorri e diz que há muito tempo queria aquilo. Diz que me via sem saber nada de mim, me olhava quando eu estava distraído com os amigos rindo ou falando, disfarçava e fica angustiado quando eu não aparecia no dia seguinte ou saía com os amigos antes do bar fechar. Olhei para ele e disse que sempre o amei em silêncio. Não sei onde arranjei tanta coragem na minha vida para falar aquilo.
Ele me convida a sair do banho, passamos pelo quarto e vamos até a cozinha. Ele me pergunta onde eu queria dormir me dando a opção da cama ou do sofá. Eu optei pela cama. E olha nos meus olhos e diz que para prosseguir com aquela noite tão desejada por ele, precisávamos conversar. Fico tenso novamente e ele me pergunta se eu transava com camisinha. Eu digo que sim, e ele responde que também fazia uso do preservativo. Até aí parecia que tínhamos chegado ao último acordo antes de nos entregarmos na cama e estar entre os nossos corpos… Mas não! As surpresas surgiam como se tirássemos coelhos de cartolas. Ele me beija de novo de maneira carinhosa e pergunta se eu era HIV positivo, pois ele era. Com uma voz firme, ele não hesitou em falar sobre ele. Foi uma revelação, um voto de confiança dele na minha pessoa.
Eu respondi que não era positivo e que saí com poucos homens na minha vida. Ele sorri. Diz que não era a quantidade de homens que eu possa ter saído na vida, mas sim como eu havia feito sexo ou amor com eles. Eu disse que tinha usado camisinha com alguns e com outros não e que sabia do impacto que isto poderia ter tido na minha vida. Ele sorriu e disse que éramos sortudos de ter encontrado um ao outro. Ainda sem fugir da revelação sobre sua soropositividade e da nossa vontade de irmos para cama fazer amor, sexo, como eu não sabia o que era, continuei a falar que eu já havia feito meus testes e que tinham dado negativo. Ele olhou para mim e me perguntou se eu queria ainda dormir na cama ou no sofá. Eu disse que queria dormir na cama e com ele. Fizemos amor pela primeira vez com camisinha e já se somam alguns meses que estamos juntos. Sultão tem 12 anos e agora estamos pensando em adotar mais dois cachorrinhos e quem sabe duas crianças.
A nossa vida começou em um Boteco do Mane.
Gongaram em mim: Prevenção Combinada
Hoje eu estava “preparado para aprontar”, como sempre gosto de falar para os amigos. Quando saio, quero ferver e deixar a vida me levar. Sou sim uma “Zeca Pagodinha” dos gays. Amo deixar que a vida me leve, me traga homens para fazer sexo ou ir em busca deles. Não creio mais no amor, apenas no sexo e sou fervoroso até a morte. Ajoelho e baixa a “Vovó Chuparina” e o “Caboclo Chupador”. Amo! Uso sempre camisinha. Nem pensar em não usar! Faço “chuca” para evitar constrangimentos no sexo, passar cheque é a morte para mim. Falando a verdade, eu gosto de putaria! E deixo o salão de festa impecável antes de sair de casa e não quero “gongar” ninguém. Cheques só com fundos, faço sempre essa piada sem graça.
Vou a todos os locais de sexo livre ou sórdidos, sejam locais limpos ou lugares bagaceiros. Gosto de encontrar pessoas e dar a noite inteira. Não digo isto para todo mundo, mas gosto que me comam, esfolem o meu rabo. Não me importo se é picão ou picazinha, grossa ou fina. Eu quero é dar, fazer sexo, chupar até o dia amanhecer e durante o dia também. Sou uma bicha fácil e não exigente. Retifico o que disse, gosto muito mais de pica grossa dura longa e grande. Mas faço caridade para as menores.
Esse final de semana a casa caiu para mim e na minha cabeça. Dois carinhas que estavam me comendo no final da minha rua , dois vizinhos já conhecidos, um casado e o outro garanhão do bairro – e meus clientes assíduos “em off” – me convidaram para uma brincadeira, via a internet. Iríamos num matagal ali perto mesmo, pois nas suas casas não poderia ser. Como sempre, não podem levar um viado na casa deles. Estava escuro, muitos mosquitos e dei para os dois e dei muito, muito mesmo. Mas as camisinhas estouraram, e eu não senti. O segundo também estourou dentro de mim. S só senti que eu havia recebido a porra deles quando cheguei em casa e percebi a porra escorrendo em mim. Fui “abortar” e vi muita porra no vaso. Puta que pariu, fui gongada!
Procurei um amigo para me informar onde eu poderia ir para fazer o uso da PEP, pois escutei, mas nunca procurei me informar como usaria caso viesse a precisar como estava precisando naquele momento. Que sufoco!!Só se pensa em Santa Barbara quando ronca trovoada.
Que angústia, não consegui falar com a bicha, fui até a casa dela e nada. Corri nos bares em volta e nada. Tentativas inúteis por telefone, WhatsApp… Ai que angústia!!
Tudo passa na nossa cabeça nesta hora. As dúvidas, as certezas erradas borbulham na nossa cabeça. Eu, a toda certinha que sabe dar o “edi”, caio nesta armadilha do destino. Logo dois gozaram em mim. Na verdade, eu não sei se foram os dois, se foi um, quem foi, isto não importa agora, pois o desespero nos leva a criar imagens ou acreditar no que queremos acreditar.
Aí vem na nossa cabeça os mitos sobre a AIDS, as dúvidas sobre como vou me cuidar, como vou ficar, e se as pessoas descobrem que tenho o vírus HIV, como vai ficar a minha vida sexual, minha família, se vou morrer… são tantas coisas em tão pouco tempo, que chega a ser assustador.
Passei cinco horas de angústia sem fim. Finalmente minha amiga bicha hiper bem informada e plugada, me ajudou a chegar em um local que eu pude iniciar o tratamento dessa tal Profilaxia pós Exposição, a PEP, que pode salvar a minha vida.
Eu não sei se os caras são ou não soropositivos – e os que me comeram desta vez – nunca falamos sobre isto. Sempre exigi deles a camisinha, apesar de já me pedirem para fazer sem ela. Sempre sou dura na queda em reagir a tal pedido. Os caras não estão nem aí, se fodem comigo sem camisinha, fodem com qualquer outra bicha com ou sem preservativos.
Agora com a ajuda da minha amiga vou fazer esse tratamento por 28 dias. Tive a sorte, nem todos têm, de em 72 hora iniciar o meu tratamento.
Os dias se passaram, longos dias.
Durante os 28 dias fiquei ansiosa e apreensiva com o resultado que ainda teria que receber.
Só falei com uma amiga, essa bicha que já tinha feito também o tratamento. Ela me deu muita força e coragem e depois só aguardei o dia de retornar ao posto para refazer os exames.
Eu tive sorte de encontrar enfermeiras e assistentes muito bem informadas, prestativas e preparadas para ajudar as pessoas a enfrentarem este diagnóstico. Mesmo me mostrando os prós e contras, me trouxeram a importância da vida sexual ativa e saudável. Não senti desta vez nenhuma discriminação ou estigma e me senti muito mais calma e confortável depois desse rally da vida angustiada. Não foi algo rápido, foram longas horas de expectativas, pois os minutos eram longos.
Confesso que senti um alívio numa certa dosagem para reforçar a minha atenção. O autocuidado só chegou depois do último resultado em minhas mãos.