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Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos de Jovens reconhece a importância da luta contra a homofobia


É comemorado nesta quinta-feira (17) o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia. A data coincide com o dia em que a OMS (Organização Mundial da Saúde) deixou de considerar o termo homossexualidade como uma doença. Foi a partir desta decisão que a orientação sexual dos indivíduos passou a ser tratada como um fator da personalidade de cada um e não mais como um distúrbio. Assim, o dia ficou marcado na história do movimento LGBT e a data passou a ser utilizada como o momento para combater todo e qualquer tipo de preconceito e violência contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

Em meio a tantos fatos que demonstram o quanto ainda precisamos avançar no combate as violações de direitos da população LGBT o dia passa a ter um tom ainda mais forte com relação as denúncias. De acordo com dados do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, somente no ano de 2017 foram recebidas 1.720 denúncias de violações contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais onde 70,8% foram por discriminação e 53,3% e 31,8%, por violências psicológicas e físicas, respectivamente.

O Brasil é um dos países que mais mata LGBT’s no mundo e o primeiro no número de mortes da população trans.  Em pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia no de 2017 cerca de 445 pessoas foram mortas em crimes motivados por homofobia. O número assustador alerta que a cada 19 horas um LGBT é assassinado.

Em meio a dados tão alarmantes o governo federal lançou nesta semana o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, que tem como ideia interceder por uma melhor articulação entre União, Estados e o Distrito Federal no combate à violência contra a população LGBT em todo o país. No entanto, até o momento nenhum projeto que trata sobre a criminalização da homofobia, consegue avançar no Congresso. Isso se traduz muito pelo momento conservador de nossos representantes executivos e legislativos, entretanto, também demonstra o quanto intrínseca ainda se faz presente o machismo, o patriarcado e as padronizações de gêneros.

Boa vontade não vêm dando conta de tantas Matheusas, Dandaras e Marielles mortas dia após dia no Brasil. É necessário que boa vontade seja aliada com a criação e consolidação de políticas públicas comprometidas não apenas com a causa mas, principalmente, com as vidas de LGBT’s.  Em anos eleitorais é comum servimos de alvos ou massas de manobras para aqueles que figuram sobre nosso arco-íris como chamariz para votos, contudo, cabe a nós cobrarmos de todos e todas eles(as) a verdadeira aliança para com nossas prioridades e, sobretudo, direitos.

Que o Dia Mundial da Luta contra a Homofobia seja não somente a celebração do nosso orgulho e da nossa resistência, mas também como um dia de reflexão para todas as nossas lutas, caminho percorrido, objetivos ainda não alcançados e perspectiva de (sobre)vivência numa sociedade pautada pelos pilares democráticos dos Direitos Humanos, da Solidariedade, do Respeito, da Tolerância e do Reconhecimento pela diversidade e suas tonalidades.

 

Texto: Jéssica Marinho e Jean Pierry

Assista abaixo a fala do coordenador do Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens, Vagner de Almeida, sobre esse dia tão importante para o movimento.




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