Uma pesquisa publicada no “American Journal of Preventive Medicine” mostrou que jovens LGBT que estão no armário e escondem a orientação sexual tem um maior risco de apresentar comportamento suicida. As informações são da “Reuters Health”.
O estudo teve como foco os adolescentes que se identificam como gay ou lésbica, mas que já tiveram experiência com o sexo oposto, e os que se identificam como heterossexuais, mas que já tiveram experiência com alguém LGBT . De acordo com os pesquisadores, esses jovens estão vivendo o que foi chamado de orientação sexual discordante. Aproximadamente sete mil estudantes de Ensino Médio de todo os Estados Unidos responderam cerca de 100 perguntas sobre saúde e comportamentos de risco, e algumas delas tratavam sobre orientação sexual.
O resultado foi que 4% dos entrevistados já tiveram uma orientação sexual discordante. Dentro desse número, estão 32% dos gays e lésbicas e 3% dos héteros que responderam a pesquisa. A pesquisa também perguntou sobre tentativas de suicídio, de forma planejada no último ano. Surpreendentemente, quase metade dos jovens com orientação sexual discordante reportaram pensamentos ou comportamentos suicidas, comparados a apenas 22% que não apresentam tal tipo de orientação. O comportamento de risco também era mais comum entre pessoas que sofreram bullying e também que foram fisicamente forçadas a fazerem sexo.
“Discriminação, rejeição e normas sociais podem pressionar minorias sexuais a apresentar uma identidade sexual inconsistente com a verdade”, afirmam os autores. Segundo o co-autor Francis Annor, para poder aumentar o controle contra o suicídio na juventude, é importante entender os desafios que os adolescentes, que experimentam a discordância, passam. “É importante saber que suicídio é possível de ser prevenido”, disse.
Se você está passando por isso ou conhece alguém que esteja, é possível entrar em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida). O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária todas as pessoas, heterossexuais e LGBT, que querem conversar por telefone (no número 141), e-mail e chat.
Fonte: iGay