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ONG brasileira leva formação tecnológica gratuita para jovens de favelas cariocas


Um programa social que já transformou 140 jovens moradores de comunidades do Rio de Janeiro em especialistas em tecnologia fisgou a atenção de empresas multinacionais e de alunos da prestigiosa universidade Stanford. Tanto é que os novos programadores foram encarregados de construir um app que funcionará como uma espécie de Tinder do voluntariado para conectar ONGs e voluntários de todo o mundo.

A conexão entre a iniciativa, chamada de Vai Na Web, começou com uma visita inusitada. Kip Stringfellow, diretor da Singularity University, uma das instituições de ensino mais inovadoras do mundo, subiu o morro do Alemão para conhecer o trabalho – esse é um dos lugares em que funciona o programa; o outro é o morro dos Prazeres. “Ele se encantou porque o programa usa linguagens avançadas e não é um projeto de educação básica”, diz Igor Couto, conselheiro do Instituto Precisa Ser, organização por trás do Vai Na Web, e fundador da 1sti, empresa de tecnologia que financia o programa.

Kip gostou tanto da ideia que a apresentou para Hélio Mosquim, diretor de inovação da Vale. O executivo brasileiro, por sua vez, levou o programa a seus colegas do curso de liderança de Stanford, que tiveram uma ideia. Como projeto de conclusão de curso, eles criaram a Fundação Match4Action, que apoia organizações sociais que querem fazer a diferença no mundo. Como o primeiro projeto deles é um aplicativo que conectaria ONGs que precisam de voluntários a gente que quer ajudar, pensaram: por que não deixar os jovens programar?

Foi o que aconteceu. O app deve estrear com 12 ONGs, mas o cadastro de outras organizações vai abrir para valer dentro de um mês, quando os dez dos melhores participantes do Vai Na Web devem concluir a primeira versão do serviço. “É mais ou menos um Tinder. Ele vai mostrar as organizações próximas para fazer um match entre elas e o seu perfil do voluntário. Como a organização vai mostrar quais são seus eventos e ações, quando houver o ‘match’, o voluntário vai poder se cadastrar para ir àquele evento”, explica Couto. A 1sti tinha uma área voltada a programas sociais que, segundo Couto, “levava tecnologia para as favelas do Rio”. “Como isso deu bastante certo, virou o instituto”, completa. A partir daí criaram o Vai Na Web para concatenar as várias ações em uma só.

Ele é um curso de tecnologia avançada, que não perde tempo com assuntos básicos e parte direto para os conteúdos que podem transformar os alunos em programadores profissionais. Apesar disso, Couto conta que “não precisa ter pré-requisito” para participar porque “o jovem já é tecnológico”. Os alunos geralmente têm entre 16 e 29 anos, mas já houve participantes de até 52 anos. Atualmente, há um aluno de 13. O programa é dividido em três módulos, em que eles aprendem os detalhes do desenvolvimento um aplicativo, desde a criação de sistemas de consulta e armazenamento de dados até a interações entre as páginas. Para isso, recebem instruções a respeito de ferramentas úteis, como as linguagens de programa HTML 5 e Python.

Couto conta que os cursos foram formulados para que os alunos saiam com as mesmas habilidades exigidas de um programador iniciante. “Ou seja, o aluno entra sem experiência nenhuma e sai um desenvolvedor júnior”, diz.

Os melhores alunos, selecionados em uma prova, vão para o Estúdio Vai Na Web, responsável por executar projetos como o dos alunos de Stanford. Lá, ganham uma bolsa-auxílio de R$ 880. Antes do “Tinder do voluntariado”, o Vai Na Web já fez sites para a Votorantin e ONGs da região. Agora, o programa busca parcerias para ser levado a outras comunidades do Rio de Janeiro. Vale tanto patrocinadores interessados no custeio dos cursos quanto associações locais.

“O Vai Na Web sempre faz parceria com uma organização comunitária. Isso é um diferencial: ele roda de fato dentro da comunidade. Tem questões logísticas que só a associação local pode organizar”. No Alemão, por exemplo, os cursos acontecem em contêineres doados pela Embaixada do Reino Unido à Educap durante as Olimpíadas do Rio, em 2016. No morro dos Prazeres, as aulas são dadas dentro de uma associação de moradores.

Por ora, já há duas conversas adiantadas. Mas não são para comunidades. Uma delas é com a Criola, uma organização que auxilia mulheres negras. Outra é com o Grupo Arco-Íris, ONG LGBTI.

Créditos/Foto: Divulgação/Vai na Web

Fonte: UOL Notícias

 

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