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Linn da Quebrada comenta estreia na TV e ‘humanização da travesti e da população trans’


Linn da Quebrada posa para foto durante lançamento de “Segunda Chamada”, em São Paulo — Foto: Celso Tavares/G1

Depois da atriz trans Glamour Garcia ser escalada em “A Dona Pedaço”, é a vez de Linn da Quebrada reforçar a questão do gênero na televisão em 2019. A cantora trans estreou na última terça (8) na TV, como a aluna Natasha em “Segunda Chamada”, série da Globo.

Logo no primeiro capítulo, a personagem que é trans sofre com o preconceito e com a violência no ambiente escolar. A história na ficção não foi diferente de sua experiência pessoal.

“O feminino já estava presente no meu corpo de alguma forma, então teve violência, teve chacota, teve riso”, conta Linn ao G1.

Para ela, a primeira vez fazendo dramaturgia na televisão foi um processo de aprendizado, que também teve uma carga de responsabilidade.

“Espero ter representado com dignidade, porque sei que isso é importante não só pra mim, mas é importante para que tantas outras pessoas trans se vejam na televisão, se percebam humanizadas.”

“É sobre a humanização da travesti e da população trans e sobre uma travesti preta entrar dentro da casa da família tradicional brasileira.”

Antes do show no Rock in Rio com Karol Conka e Gloria Groove, a cantora falou sobre a série.

“Estamos cada vez ocupando mais espaços e, assim, acho que fica insustentável, não só para televisão, como para qualquer outro meio artístico continuar ignorando as nossas existências e as nossas contribuições artísticas.”

Novas dinâmicas no set

A cantora paulista começou a sua trajetória artística na dança, passou pelo teatro, mas ganhou notoriedade mesmo com a música.

Antes de “Segunda Chamada” também fez participações nos filmes “Corpo Elétrico” e “Sequestro Relâmpago”, mas percebeu a diferença ao fazer televisão.

“A experiência com a câmera dessa forma para televisão é muito diferente, é muito nova pra mim.”

Linn destacou o acolhimento do elenco e da direção como momento importante de sua estreia. “As pessoas foram extremamente generosas, aprendi muito”, afirmou Linn. Ela criou uma amizade especial com Debora Bloch, que interpreta a professora Lúcia.

Ano agitado

Depois de tocar no festival carioca e fazer alguns shows na Europa, Linn ainda arrumou tempo para gravar a série e o filme “Vale Night”, e apresentar o programa Transmissão, com Jup do Bairro, no Canal Brasil. Antes do fim de 2019, ainda vai estrear no Brasil o documentário “Bixa Travesti”, sobre a sua trajetória.

“Eu tenho uma experiência de sucesso enquanto travesti, o que é ruim porque o sucesso também pressupõe o fracasso. Ao mesmo tempo é muito bom porque nós estamos vencendo”, afirma.

“A travestilidade hoje no Brasil também significa vitórias e conquistas. É isso que de alguma forma eu quero que as pessoas possam entender, que nós também podemos vivenciar”, finaliza.

Fonte: G1

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