Escutar e compartilhar vivências de resiliência e empatia foi a proposta da roda de conversa promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Brasília (DF) com representantes da comunidade LGBTQI+.
Foram detalhados problemas, mas também lutas e conquistas, principalmente no que se diz respeito à visibilidade e à participação.
“Por meio de nossas histórias podemos ir adiante. Saber que uma pessoa LGBTQI+ avança por seus direitos nos ajuda a seguir vivendo e tendo esperança”, disse o venezuelano Angel Daniel.
Escutar e compartilhar vivências de resiliência e empatia foi a proposta da roda de conversa promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Brasília (DF) com representantes da comunidade LGBTQI+.
O debate “O que mudou para a população LGBTQI+ depois da CIPD?”, conferência de população e desenvolvimento da ONU realizada em 1994, abordou em novembro (14) questões de saúde sexual, reprodutiva e direitos.
“Nesses momentos que a gente se reúne com outras pessoas LGBTQI+ e compartilhamos essas histórias, vemos nossos pontos em comum, em que convergimos e assim fortalecemos a nossa identidade”, contou Wanda Marques, mulher trans e moradora de Santa Maria (DF).
Ela afirmou que é nesse momento que as pessoas podem se enxergar, fazer redes e construir iniciativas para enfrentar os desafios de garantia de direitos.
Wanda contou que teve a oportunidade de conhecer mais a respeito da comunidade LGBTQI+ em todos os seus aspectos e interseccionalidades, como pessoas não binárias, trans negras e intersexuais – cujas dificuldades ela pouco conhecia.
“O que mais contribuiu para mim nesse processo foi justamente essa rede de contato, conversa e apoio para pensarmos em políticas públicas e ações, principalmente em um organismo internacional, que contemple a nossa realidade de forma transversal”, afirmou.
Foram detalhados problemas, mas também lutas e conquistas, principalmente no que se diz respeito à visibilidade e à participação.
“Por meio de nossas histórias podemos ir adiante. Saber que uma pessoa LGBTQI+ avança por seus direitos nos ajuda a seguir vivendo e tendo esperança”, disse o venezuelano Angel Daniel.
Angel também agradeceu a oportunidade de conhecer outras vivências da diversidade e as possibilidades de multiplicar aprendizados.
“Eu não tenho muito conhecimento sobre as questões LGBTQI+, porque no meu país isso é encoberto, não é livre. Aqui, aprendi muitas coisas e pude contar minha história pessoal, quem sabe eu não poderei ajudar outras pessoas, assim como estão me ajudando?”, disse.
Fonte: ONU Brasil