Os resultados do estudo “PARTNER 2”, divulgados na última terça-feira (24) na Conferência Internacional de AIDS em Amsterdã, deve ajudar e reduzir o preconceito e estigma que sofrem muitos soropositivos ao tentar relacionamento com parceiros soronegativos.
Realizado em 14 países com mais de 70 mil casais com homens gays e bissexuais, onde um parceiro é soropositivo e outro é soronegativo, o estudo mostrou que não houve qualquer risco de contágio por HIV mesmo quando estes praticam sexo anal sem preservativo.
Sabe-se que, estatisticamente, o risco de contágio do HIV no sexo anal desprotegido é muito maior do que nas outras práticas.
Mas uma vez que um soropositivo se medique conforme as orientações médicas, sua carga viral tende a se tornar indetectável e o risco de contágio é equivalente a zero.
É claro que isso não é desculpa pra sair transando sem camisinha por aí, afinal existem outras inúmeras infecções sexualmente transmissíveis e prevenir é sempre a melhor estratégia. Entretanto, é importante que se divulgue a notícia, uma vez que ajuda a reduzir o preconceito, medo e ignorância sobre relações sorodiscordantes, onde um parceiro vive com HIV e outro não.
Michael Brady, diretor médico da Terrente Higgins Trust, afirmou sobre o estudo: “Estamos muito animados com os resultados e confirmamos o que já suspeitávamos: pessoas que vivem com HIV e fazem o tratamento não tem como passar o vírus adiante aos seus parceiros sexuais”.
Mas como o vírus ainda é transmitido então? Simples. Não somente de quem tem o vírus e não se trata (e provavelmente acaba adoecendo de AIDS e falecendo), mas principalmente entre AS PESSOAS QUE TEM O VÍRUS E NÃO SABEM DISSO. Estes são os principais transmissores da infecção. Daí a importância de se fazer o teste regularmente e saber seu status sorológico.
Vale lembrar também que, além da camisinha, existem outras estratégias de prevenção já disponíveis, como o uso da PREP.
Fonte: Pink News