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Com apoio da ONU, Porto Alegre torna serviços de saúde inclusivos para população LGBT


Foto: UNAIDS

Em Porto Alegre (RS), o projeto Transdiálogos capacita profissionais de saúde para melhorar o atendimento à população LGBT. Iniciativa faz parte da resposta do município à epidemia de HIV. A cidade é a capital brasileira com a maior taxa de detecção do vírus — eram 65,9 casos para cada 100 mil habitantes em 2018, segundo o governo. Entre gays, lésbicas, pessoas trans e bissexuais, a vulnerabilidade à infecção por HIV aumenta.

O Transdiálogos é fruto de uma parceria entre o Executivo municipal, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). A estratégia é implementada desde 2014.

“O projeto busca a promoção de práticas de humanização do sistema de saúde para acolher esse grupo (a população LGBT), fazendo com que se sinta seguro e respeitado. É um reforço ao sistema público de saúde com foco na inclusão”, explica o gerente de projeto na área de saúde do PNUD Brasil, Joaquim Fernandes.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 827 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, mas apenas 55% estão em tratamento. Cerca de 45 mil se infectam com o vírus no país por ano.

Em 2012, o governo do Rio Grande do Sul e 14 municípios do estado aderiram à Declaração de Paris, um compromisso global da ONU para atingir, até 2020, as chamadas metas 90-90-90. Esses objetivos incluem: ter 90% de todas as pessoas vivendo com HIV cientes de que possuem o vírus, 90% de todas as pessoas diagnosticadas com HIV recebendo terapia antirretroviral ininterruptamente e 90% de todas as pessoas em tratamento com supressão da carga viral.

A Prefeitura de Porto Alegre é uma das signatárias do acordo. O Transdiálogos é uma das ações implementadas pela capital gaúcha para alcançar os índices previstos no marco das Nações Unidas.

Segundo a oficial de projeto do PNUD, Lilia Rossi, garantir o princípio de equidade do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso aos serviços, é uma medida necessária para lidar com os desafios associados à realidade epidêmica de Porto Alegre.

“Em termos de políticas públicas, trabalhar com os profissionais de saúde é fundamental para ampliação do acesso e garantia de direitos da população mais vulnerável. No total, desde 2014, 120 unidades de saúde já foram cobertas pelas ações do projeto. Até o fim do ano, serão 141”, afirma.

Os encontros de capacitação com os profissionais de saúde acontecem nas próprias unidades, com a participação da equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde e uma representante da Associação Igualdade, que apoia o projeto.

“Apresentamos alguns conceitos primordiais e distribuímos materiais informativos para os profissionais de saúde a fim de sensibilizá-los. Após a intervenção, fazemos uma avaliação rápida sobre a abordagem”, explica a coordenadora da área de políticas de saúde integral LGBTQI+, da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Simone Nunes Avila.

Fonte: ONU Brasil

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