O Brasil é o país que mais mata LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no mundo; a cada 16 horas, um LGBT é vítima de homicídio ou se suicida. Florianópolis, mesmo sendo reconhecida como uma das cidades que mais respeita a diversidade, tem pelo menos 70 casos registrados por mês de violência contra esse público. O Grupo Gay da Bahia (GGB), que coleta estatísticas sobre assassinatos de homossexuais e transgêneros no país, apontou, entre 2016 e 2017, um aumento de 30% nas mortes de pessoas nessa condição. Entretanto, os dados são mascarados pela dificuldade de contabilizar os crimes. Em muitos locais, ainda não é possível obter informações confiáveis.
Para ajudar a comunidade, uma equipe da capital catarinense está desenvolvendo o aplicativo “Somos”; cuja ideia é dar suporte às pessoas que sofrem ou já sofreram algum ataque homofóbico. E como funciona? As vítimas vão conseguir emitir um “chamado de emergência” quando ameaçadas. Além disso, a ferramenta vai disponibilizar um mapa que irá mostrar os lugares seguros da região. Em maio, uma vaquinha será divulgada para arrecadar fundos em prol do desenvolvimento do mesmo. O aplicativo deve ser lançado ainda neste ano e, para 2020, é de se esperar que ele se espalhe por outras cidades.
A mobilização do público se dá pela tag #juntostodosSOMOS. Ainda estão sendo realizadas algumas reuniões para a conclusão do projeto; no Instagram (@aplicativosomos), o grupo mostra os bastidores da criação.
Enquanto o aplicativo não sai, em casos de ameaças você pode entrar em contato com a polícia, ou ir na ADEH – organização Não-Governamental que atua no sentido da garantia de direitos LGBT –, aberta de segunda a sexta, das 14h às 18h, na Rua Trajano, 168, 3º Andar.
Fonte: NSC Total